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Fim de tarde, próximo à estação de trem.

 

- Ichiro eu te amo! Por favor, seja meu namorado! – Azura consegue finalmente admitir seus sentimentos para Ichiro, mas – “-Por favor, Deus, que ele aceite!”.

 

- Azura-chan... – O garoto de cabelos negros olha para a garota e com a voz calma responde – Sinto muito, mas... Eu já tenho alguém que eu goste... Desculpe-me...

 

Azura levanta e percebe que o garoto que ela possui sentimentos a mais de dois anos entra no trem sem lhe dar uma única chance. E com uma lagrima no rosto ela continua...

 

– Se você não me ama, então, vou fazê-lo me amar...

 

***

 

Já era tarde e garoava quando Azura Kinomoto passava por aquele caminho; As lojas fechadas e ninguém na rua, só a triste garota que se lembrava do que suas colegas de classe sempre a chamavam:

 

“-Qual é o problema coração solitário? Tem medo de se confessar para o Ichiro? Sabe muito bem que ele não gosta de meninas feias como você! Hahaha [...]”

 

- Droga! DROGA! Se eu não tivesse ouvido elas! – Azura se joga contra a parede de pedra e senta no chão encostando a cabeça contra os joelhos se perdendo em seus pensamentos 

 

“- Ichiro eu de desejo tanto! Porque você não pode me amar?!”

 

Azura levanta a cabeça e percebe que em sua frente à uma casa com vidros e portas escuras, que antes nunca vira antes.

 

- Mas de onde saiu essa loja? Ela não estava aqui? – Azura lê a placa do lado da porta escura

 

 “-Nozomi no Mise: Aonde você encontra tudo que necessita... Seus maiores desejos estão aqui.”

 

– Uma loja?

 

CAAAABRUMMMM!!!!!!!!!!!!!!!!!! – A chuva que antes era apenas garoa agora se encontrava uma terrível tempestade. Azura sem ver pra onde ir, já que sua casa era longe, decide entrar na loja pra se abrigar.

 

 Dentro da loja, Azura fica espantada com tamanhas vendas – Um lampião antigo, Um porta-jóias, alguns agasalhos – mas nada que se possa esperar que ira dar realmente lucro. Azura se aproxima do balcão para ver se alguém podia emprestar um telefone para visar aos pais que chegaria tarde. Mas antes de chamar...

 

- Posso ajudá-la em alguma coisa? – Um jovem vestido com uma única túnica negra de cabelos vermelhos aparece ao seu lado.

 

- Ah... A sim, poderia emprestar o seu telefone... é que fiquei presa por causa da chuva...

 

Um jovem de cabelos vermelhos entra num corredor que se encontrava atrás do balcão e logo volta trazendo um telefone – também antigo – nas mãos.

 

Ele coloca sobre o balcão e fala:

 

- Se precisar mais de alguma coisa me avise. É por isso que estou aqui – A ultimas palavras dele foram extensas e sombrias, o que fez a Azura olhar diretamente em seus olhos e reparar que o próprio, assim como seus cabelos, eram vermelhos também.

 

- A não obrigada... Era só isso.

 

Azura faz o telefonema e percebe que ninguém se encontra em casa

 

“-Ainda devem estar no trabalho...”. Ela desliga o telefone e agradece o jovem que continua a olhando atentamente de cima para baixo. Reparando no movimento que os olhos dele faziam, Azura agradece novamente e segue para a porta.

 

- Você tem certeza que não necessita de mais nada, senhorita Kinomoto.

 

- Mas como você? Eu não me lembro de der lhe dito o meu nome? – Azura responde pasma e percebe que o jovem ruivo vem se aproximando cada vez mais – Espere. O que você quer? Não!

 

Azura envolve o rosto com os braços pensando que ele faria algo, mas...

 

- Toma pegue – Ela olha para o jovem e vê que ele lhe estendia a mão, segurando uma bala cor-de-rosa – Está bala pode realizar qualquer desejo seu...

 

Azura pega a bala e não compreende a palavras dele, então ela responde:

 

- Como assim qualquer desejo? Isso é alguma brincadeira de mau gosto?

 

- É uma troca...

 

- “Ahãm?” – Azura pensa - Uma troca? Mais do que?

 

O jovem de olhos vermelhos completa:

 

- Em troca de você me dar seu seishin, eu realizarei qualquer desejo seu...

 

- Meu Seishin?

 

- Isso mesmo, mas só quando você morrer... Até lá, poderá ser livre como bem entender...

 

Azura ouvindo aquelas palavras solta a bala e corre em direção da porta, mas...

 

- Você não deseja o Ichiro? Eu posso lhe dar ele...

 

Azura fica imóvel com aquelas palavras e se volta para trás.

 

-Você pode mesmo fazer com que o Ichiro seja meu?

 

- Sim eu posso – O jovem ruivo estende novamente a mão em que a bala se encotra e continua – Isso se você aceitar minha oferta...

 

Por um momento, as lembranças dela com Ichiro passaram por diante de seus olhos – a da primeira vez que se encontraram, como ele era bem educado, etc... – inclusive a  ultima:

 

 “-Sinto muito, mas... Eu já tenho alguém que eu goste... Desculpe-me...”

 

Sem pensar duas vezes, Azura pega a bala, tira o papel rosa que a cobria e a engole...

 

- Muito bem... – O jovem desloca um sorriso estranho no rosto e contempla sua frase – Seu desejo será realizado...

 

 

Continua...

 

 

*Cap.atualizado Dia 27/09