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1992. Naquela tarde chuvosa de julho, uma nova vida surgia.


14:25 PM. Yuri Slither dá entrada no hospital municipal, junto de seu marido. Ela está em trabalho de parto. Após duas horas dentro da sala, finalmente tudo acaba. Um belo bebê, peso e tamanho normais, poucos cabelos negros na cabeça, um menino. Se chamaria Slither, um nome, segundo o pai, de família. Após dois meses do nascimento do pequeno Slither, seu pai desapareceu sem deixar rastros. Anos depois seria a vez da mãe de Slither de o deixar para trás.


*Um dia muito chuvoso, haviam vários focos de enchente na cidade. Slither, agora com treze anos estava no banco de trás do carro, mexendo com seu material escolar, enquanto a mãe dirigia.*

Yuri: Filho... Você... Você não sente falta do seu pai?

Slither: Porquê a pergunta, mãe?

Yuri: Não, eu queria só saber, se você não sente a falta de ter seu pai aqui...

Slither: Não sei, ele me abandonou quando eu era recém-nascido... Acho que não faz diferença...

Yuri: Entendo--NÃO!!

*Yuri havia se distraído. O carro derrapa após uma guinada para sair da calçada, e capota várias vezes pela rua, batendo num prédio e parando. Yuri fica em estado gravíssimo, na unidade intensiva, enquanto Slither, milagrosamente, não sofreu nada além de pequenas escoriações pelo corpo.*

Slither: Por favor... Cuidem da minha mãe!!

Médico: Não se preocupe, nós faremos o possível. Mas escute... Não podemos te dar certeza, foi um acidente muito grave. Não sei como você escapou ileso.

Slither:...

*Após três dias em coma, infelizmente Yuri veio a falecer. Primeiro o pai que desaparecera, agora a mãe, morreu trágicamente. Slither só tinha seus tio-avós, Joan e Bob. Dois anos se passaram, Slither não tinha mais aquela tristeza estampada no rosto, mas isso não fazia a menor diferença. Seus tios não gostavam dele, o máximo que faziam era deixar um prato de comida de vários dias atrás no forno para ele. Slither gostava de ficar no seu quarto. Quase nunca saía.*

Slither: E mais um dia... Voltando da escola pra comer comida requentada... Queria que isso fosse diferente.

*Slither sente uma leve brisa, que se transforma num vendaval, fazendo-o entrar em um beco. Ele nunca tinha visto aquele beco em toda sua vida. Ele caminha pelo beco, como se alguém o chamasse. Alguns passos, que pareciam ser imensos. Ele chega até o final do beco. Havia um "V" imenso gravado no muro. Ele passa a mão na gravura, observando e tentando pensar em quem fazia aquilo, até que seus pensamentos são interrompidos quando a gravura se transforma em uma fonte luminosa. Slither tenta sair de perto, mas a luz o puxava. Era como se ele soubesse que havia algo de melhor ali. Pouco-a-pouco, sendo tragado pela luz, Slither desaparece, e a luz cessa. A gravura na parede havia desaparecido... Mas o que foi aquilo?*

Slither:... Minha cabeça... Onde eu tô? Hm?

*Ele olha para baixo, vendo um animal jamais visto por ele. Parecia um coelho, mas era bem maior, e tinha uma cauda imensa. O animal olha fixamente para Slither, ele podia ver seu reflexo nos olhos vermelhos do coelhão, até que o animal dá um salto, sumindo da vista de Slither. Ele se afasta correndo, caindo sentado na grama. Ele estava numa clareira de alguma floresta.*

Slither: Que diabos foi aquilo!? E que floresta é essa?

*Ele se levanta, limpando a roupa, até que percebe algo no chão. Uma caixa metálica, sem tampa, e com o mesmo "V" misterioso na parte superior. Ele tenta de todas maneiras possíveis abrir a caixa, mas só se cansa. Ele fica olhando para a caixa, tentando descobrir o que tem dentro dela.*

Slither: Meu, eu devo estar drogado... Que lugar esquisito é esse, e que porcaria de caixa é essa que não abre?

*Slither decide carregar a caixa consigo, caso ache alguém que possa ajudá-lo a abrir a misteriosa caixa. Após caminhar por quase três horas seguidas, o céu tomava um tom alaranjado, e as nuvens flutuavam com calma, tomando o mesmo tom, fazendo o céu parecer em chamas. Slither observa o espetáculo da natureza e sorri, até que ouve algo. Ele coloca a caixa dentro da mochila. Algumas árvores na sua frente caem cortadas, e uns seres estranhos, pareciam humanos, mas eram uma espécie de seres de pedra negra, saem de dentro da floresta.. Quase todos tinha lâminas no lugar das mãos. Slither se afasta lentamente dos seres, que silenciosos iam em sua direção, como se quisessem algo. O único olho, roxo e no centro da cabeça, olhava para Slither. Talvez fosse a caixa.*

Slither: É a caixa que vocês querem, né? É isso aqui? Me respondam!!

*Slither tira a caixa da mochila, e ela estava brilhando. Todos os traços desenhados na caixa brilhavam num tom azulado. Uma das criaturas vai atacar por trás, mas Slither não sabe como, ele desfere um chute que fazer a coisa "voar" até bater em uma árvore. Slither olha bem para o centro da caixa, naquele desenho. Ele sente algo estranho em sua cabeça.*

Slither: Tem... Tem alguém falando comigo.

???: Slither...

Slither: Ele... Ele tá me chamando, mas quem é você, afinal?

???: Você estava destinado... A vir até mim... Você aceita meu poder e a responsabilidade que vem consigo?

Slither:... Eu só posso aceitar, se eu der sopa essas coisas me matam. Eu... Eu aceito!

*A caixa finalmente se abre. Dentro dela, havia apenas um objeto preto. Parecia ser uma relógio, mas era grande, e não parecia ter encaixes entre o visor e a pulseira. Havia apenas a entrada do pulso. Slither não hesita, e coloca a mão dentro do objeto. Uma luz passa por seu pulso, como se o estranho artefato estivesse escaneando Slither. Após isso, o "relógio" se fixa ao pulso de Slither. Um "V" em laranja aparece no visor, que quando apagado parecia ser parte do objeto.*

Slither: Tá, não tô me sentindo mais forte.

???: Impaciente do caramba. Erga o braço do Modelizer, e então diga o mais alto que puder "TRANSFORMAÇÃO V!"

Slither: Braço do Modelizer?

Modelizer: Acho que não me apresentei. Eu sou o Modelizer, esse treco no seu pulso. A partir de agora somos um só. Você deve me usar para coletar os Models e cumprir sua missão.

Slither: Coletar os Models?

Modelizer: Sim, a partir do momento em que eu me ativei no seu pulso, os oito generais vão acordar de novo, e irão colocar o mundo em perigo. Só você poderá derrotá-los, coletando os Models deles e destruindo todos.

Slither: E como eu chego até eles?

Modelizer: Depois eu te explico, se transforme logo!

Slither: C-certo!

*Slither ergue o braço. O Modelizer se ativa, anquanto várias linhas laranjas passam pelo corpo de Slither, como se isso fosse outro "scan".*

Slither:... TRANSFORMAÇÃO V!!

*O braço direito de Slither, o com o Modelizer fixado, se transforma em luz, e essa luz se espalha pelo corpo de Slither. Suas roupas mudam. Se transformam numa espécie de uniforme. Calça branca com uma listra preta do lado de cada perna, sapatos de metal, pretos, uma camiseta preta com o V laranja no peito. Os ombros têm uma espécie de proteção de algum material sólido verde-claro. As mangas, curtas, são brancas. No pescoço de Slither, óculos de natação vermelhos. Suas mãos são cobertas por luvas negras. No pulso direito, o Modelizer, no esquerdo, uma espécie de réplica, mas não funcional.*

Slither: Que roupa maneira! Mas... pra quê os óculos de natação, se eu não sei nadar?

Modelizer: Não me culpe, isso estava na sua mente!


~~Música: AirMan Ga Taosenai, do Team Nekokan.~~


*Slither dá um soco que explode o monstro de pedra. Automaticamente, o Modelizer registra o monstro, passando tudo para a mente de Slither.*

Slither: O nome dessa coisa é Rocktrooper?

Modelizer: Isso aí, mas não se distraia!

Slither: Ok!

*Outros três Rocktroopers vinham por trás. Slither derruba um com um chute, e os outros dois estavam longe demais para executar um ataque físico.*

Slither: Eles estão longe, o que eu faço?

Modelizer: Tá vendo que nas coxas da sua calça têm duas marcas pretas maiores? Coloque as mãos nelas.

*Slither coloca as mãos, e duas pistolas saem, uma em cada mão. Slither dispara, são tiros feitos de algum tipo de energia. Os Rocktroopers explodem. A luta fica mais fácil desse jeito, Slither apenas precisa atirar e bater nos mais próximos. Finalmente, estão todos destruídos. Os que sobraram fugiram.*

Slither: Easy-easy... Puxa, não é tão difícil assim manejar esse poder todo.

Modelizer: Já disse, não se distraia! Tem algo vindo aí!

*Slither se vira, e o chão treme. Um Rocktrooper gigante, parecia um dragão, surge derrubando várias árvores.*

Slither: Com essa eu não contava...

Modelizer: Não fique com medo, já registrei ele.

Slither: Gigatrooper... Bom, vamos mandar ver nesse idiota!

*Slither atira, mas parece que o Gigatrooper nem sente. O dragão observa ele, e em seguida lança uma chama, queimando uma grande área circular aonde Slither estava, até se esquivar.*

Slither: Essa coisa parece ser bem mais resistente que os outros!

Modelizer:... Eu não sei qual a fraqueza dele! Vai ser difícil.

*O Gigatrooper vira a cabeça na direção de Slither, e prepara uma bola de fogo gigante. Será que Slither vai conseguir escapar desse golpe? E será que ele vai conseguir destruir o Gigatrooper? E qual será sua missão nesse mundo novo?*


Não percam o próximo episódio!