Yay. Muito tempo sem escrever nada :3 Espero que fique ao menos "gostável" 8D Divirtam-se.
Fic escrita graças ao Desafio Miss Sunshine, da UMDB.
Tema: Espuma.
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Hiei e a Máquina de lavar roupas
Botan ergueu os braços, espreguiçando-se. Tinha muita coisa a fazer e não queria que a preguiça a vencesse assim tão fácil (não de novo). Estava deixando sempre aquele serviço pra depois porque era mais chato, ou dava muito trabalho e estava cansada, ou... bem, no final das contas, acabava anoitecendo e ela não fazia. Agora, além de a roupa ter acumulado, teria ainda que lavar a louça e dar um jeito na bagunça na sala; Yusuke e a turma haviam estado lá ontem à noite pra uma sessão de filmes. Como de costume, Hiei não havia aparecido e a ex-guia ficara preocupada com ele. Qual foi a última vez que o vira mesmo? Semana passada? Não... fazia quase um mês que não o via. Quando ele decidia desaparecer, ficava fora por mais de duas semanas sem dar um sinal de vida.
Mesmo sabendo que ele podia se virar, ficava preocupada. Bem, digamos que apenas que o Makai não era um lugar muito agradável pra ir e vir quando se precisa. Não só preocupava-se, como também sentia saudades. Afinal, ele sumia tempo de mais para ficar apenas umas duas semanas quando voltava. De qualquer forma, melhor não se preocupar tanto assim com ele; é, era o que ele dizia, mesmo.
-Bem, vamos lá! –Dissera com uma fingida alegria. Odiava lavar roupa, mas, o que se podia fazer? Por sorte, a máquina faria isso por ela. Não, a pior parte, na verdade, nem era lavar: era colocar a roupa pra secar no varal. Sempre tinha o azar de chover assim que as colocava no varal ou derrubava as roupas no chão do jardim, sem querer.
Desastres à parte, decidiu ir lavar a louça primeiro que, milagrosamente, era pouca. Após lavar alguns copos e pratos, suspirou. Tinha um mal-pressentimento sobre hoje. Será que deveria lavar a roupa amanhã? Não... já havia separado as cores e colocado água na máquina de lavar roupas. Não dava pra voltar atrás. Na verdade, dava, mas não queria acumular mais e mais roupas. E estava tão calor que tinha quase certeza de que, pelo menos, a roupa secaria ainda hoje.
Terminara a louça em pouco tempo, como temia. Andou calmamente até o cômodo em que ficava a máquina de lavar roupas. Ao chegar lá, olhou a máquina, com as roupas separadas em dois cestos perto dela. Antes que pudesse andar até um dos cestos, ouviu um barulho atrás de si e virou-se assustada.
-Oh, Hiei! –Dissera, surpresa e feliz. –Acabou de voltar?
-Hn. –Ele murmurou simplesmente, aproximando-se dela com as mãos no bolso do casaco negro.
-Dessa vez você demorou, hein? –Arqueou uma das sobrancelhas, com um leve sorriso. –Está cansado?
-Que vai fazer? –Indagou ao ver as mangas da blusa dela, que estavam arregaçadas e as mãos estavam meio úmidas.
-Ah, eu... vou lavar as roupas agora. Acabei de lavar a louça. Será que você pode me ajudar? –Os olhos dela brilharam, enquanto rapidamente juntava as mãos, entrelaçando seus dedos um nos outros. Hiei a olhou, fingindo pensar enquanto passava por ela.
-E o que eu ganho? –Deu um meio sorriso, levemente cÃnico.
-... O que? Por Deus, Hiei, você vai estar ajudando a pessoa que você tanto gosta e ainda quer mais? –Segurou um dos braços dele, puxando-o até perto das roupas.
-Onna, não se atreva a... –Hiei teve que dar um passo pra trás e segurar o monte de roupas claras que lhe foi atirado.
-Já era, já me atrevi. –Cruzou os braços, bufando. –Por favor, Hiei. Prometo que te dou sorvete. –Deu um sorriso estranho. –E prometo que trago mais filmes de guerra pra você. –Que maneira estranha de agradar um sanguinário, não? Hiei suspirou levemente, dando-se por vencido. Se não aceitasse, ela pegaria no seu pé por um boooom tempo, e não queria ter de voltar para o Makai tão cedo e com a consciência pesada.
-Tá bom, droga. –Virou-se, colocando a roupa na máquina que já estava com a tampa levantada e com bastante água dentro. Já vira Botan usar aquela... "coisa" algumas vezes, então, não seria difÃcil.
-Ahhh, que bom! Obrigada, Hiei! –Deu um abraço no meio koorime, que bufou. –Eu preciso limpar a sala logo, então, vou te explicar como usa a máquina. Só precisa colocar um pouco daquele sabão em pó que tem naquele pote vermelho, fechar a tampa e pressionar o botão grande e azul. AÃ, quando ela desligar sozinha, você...
-Eu já sei, já vi você usar, onna.
-Tá, tá! –Soltou-o, cruzando os braços, mostrando não estar a fim de discutir algo tão bobo. –Mesmo assim, qualquer coisa, me chama. –Disse por fim, saindo dali, em direção a sala.
Hiei olhou para a máquina. A máquina olhou – sim, ela "olhou" – para Hiei. Por Inari, aonde aquela doida foi o meter agora? Aliás, ele poderia muito bem ter saÃdo correndo dali, mas... os olhos da ex-guia espiritual o olhando daquele jeito sempre o fazia dizer "sim" quando queria dizer "não". De qualquer modo, disse que ia fazer aquele favor a ela e não iria voltar atrás agora. Não, Hiei não era o tipo de cara que não cumpre com a palavra! Tudo bem, era sim, mas é que, se fugisse agora, ficaria sem sorvete e seria decapitado por Botan, no mÃnimo.
O que tinha que fazer mesmo? Ah, o sabão. Olhou a quantidade de roupa na máquina após pegar o pote vermelho. Pouco sabão? Mas tinha muita roupa ali. Será que, se não colocasse mais, limparia mais rápido? É, tentar seria bom. Não queria perder o dia todo nisso. Abriu o pote e pegou o pote pequeno e transparente que estava ali dentro, para pegar o sabão em pó. Colocou o equivalente a dois daquele pote transparente na máquina. Pensou um pouco e colocou mais ainda. E mais. E mais. Ora, só metade do pote vermelho? É, talvez esteja bom. Não, mais um pouco. Mais... Mais... Isso.
Fechou a tampa, ligou a máquina e encostou-se em uma das paredes, com os braços cruzados. Fechou os olhos e assim ficou, tentando relaxar e esquecer um pouco do Makai. E assim ficou por um tempo.
Na sala, Botan ajeitou o sofá e as almofadas, antes de suspirar. Detestava ter que fazer uns serviços domésticos tão chatos, mas era preciso, caso a turma aparecesse sem avisar, o que vez ou outra acontecia. Ouviu o barulho abafado pela porta da máquina de lavar roupas e sorriu, lembrando-se que Hiei estava ali. Ajeitou o tapete que estava torto e tirou o pó da estante, antes que se esquecesse. Levou dois copos que esquecera ali ontem para a cozinha e os lavou, sem pressa. Voltou para a sala e olhou o corredor. Olhou, depois, a sala. É, que bom que não demorou. Resolveu ir checar Hiei e falar com ele, enquanto esperavam a máquina fazer seu trabalho.
Abriu a porta do cômodo onde estava Hiei e dera um passo, escorregando lindamente e caindo de bunda no chão. Antes que pudesse reclamar, viu espuma pra tudo quanto era canto.
-Merda! -Ouviu Hiei dizer. Levantou-se, a calça e a camisa molhada e percebeu que a espuma já saÃa do pequeno cômodo. Desesperada, tentava andar até a máquina, escorregando e quase caindo a cada passo. Hiei, irritado, apertava tudo quanto era botão que conseguia enxergar, pois sempre que tirava a espuma de seu caminho, outras ocupavam rapidamente seu lugar no painel da máquina.
-Droga, droga, droga, droga!! –Botan gritava, sentindo uma pequena vontade de rir diante a situação; mas a vontade de surrar alguém era maior. Lutava contra a espuma e contra o chão liso e molhado, até alcançar a máquina, finalmente. Agora, os dois tentavam livrar-se da espuma e manter-se em pé enquanto procurava o botão para desligar. Então, ouviram um barulho e a máquina desligou-se. Respirando com força, Botan sorriu ao ver que apertara o botão certo. Em seguida, olhou para Hiei, que também parecia cansado. –Eu disse que era pouco sabão, Hiei.
-Eu coloquei pouco, essa coisa aqui que ferrou tudo.
-Pouco? Olha a espuma que tá aqui! Isso quer dizer que você mais sabão do que deveria, e olha que colocou bastante pelo visto. Vai ser um saco pra ajeitar tudo isso.
-Hmpf. –Hiei desviou o olhar, observando o cômodo. Botan murmurava algumas coisas, abrindo a máquina. Olhou ao redor também, soltando um suspiro. Logo hoje que não tava a fim de fazer muita coisa...
"Nisso que dá ser preguiçosa. Koenma-sama castiga." –Pensou, emburrada e cruzando os braços. Com um olhar assassino, olhou Hiei pelo canto do olho.
-Hiei... se você fugir agora, espero que nunca mais volte ou eu juro que te espanco. –Ah, claro. Não tinha muita força, sabia disso. Mas Hiei sabia mais ainda que ela tinha muitos métodos de vingança. E não queria entrar na lista negra de uma doida como ela, que o conhecia bem até demais. Foi quando ouviu e viu ela rir. E Botan riu, riu, e riu até chorar. –Até que foi divertido! Que burrada você fez, Hiei, que burrada!
Agora, quem estava ficando irritado era ele. Sem pensar, pegou um pouco daquele troço que Botan chamava de espuma e jogou nela. Ela parou de rir, tirando a espuma do cabelo e irritou-se novamente.
-HIEI! -Berrou, jogando espuma nele também. E assim, uma cena completamente infantil se seguiu, ambos jogando espuma um no outro até se cansarem se vez e caÃrem sentados no chão, um de frente pro outro. –Eu te odeio.
-Eu odeio mais ainda, baka onna. –Com rapidez, Hiei se ajoelhou e mordeu uma das bochechas da mulher, que riu.
-É, tô vendo o quanto me odeia, mentiroso. –Ela zombou, fazendo o mesmo com ele. –Melhor pararmos por aqui. Temos que arrumar essa bagunça agora. E não me olha assim, você ainda vai receber o seu sorvete e verá os filmes, mas vai ter que me ajudar, feito?
-Feito. –Disse antes de levantar-se e ajudá-la a se levantar. Ela olhou o rosto dele e riu, passando o dedo indicador do nariz dele, tirando um pouco de espuma que estava ali. Hiei apenas deu um meio sorriso, ainda pensando o motivo de sempre dizer sim. Era porque amava Botan. E, também, ela tinha capacidade de enfiar toda aquela espuma na boca dele, claro. Quem correria um risco desses, afinal?
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Yeah, só isso. Fugi muito do tema? Senti que sim 8D *inútil* Anyway, espero que tenham gostado. Nunca tinha participado de um desafio de fics e fiquei bem animada, confesso. Espero que eu consiga agradar alguém ;_;'''
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