Estamos no ano de 2001 e Sakura já tem 15 anos estando cursando o 1º ano do 2º grau, mas hoje é domingo e ela não precisa ir à escola o que vinha a calhar, pois seu grande amor Shoran estará desembarcando logo mais a tarde conforme carta que ele mandou a Sakura e essa seria uma ótima oportunidade para que a jovem de olhos verdes se declare de uma vez por todas como fez Shoran três anos atrás quando se viram pela ultima vez.
Sabendo que finalmente ia voltar a ver o seu amor de Hong Kong Sakura estava juntando coragem para declarar os seus verdadeiros sentimentos que estava sendo encorajada por sua amiga de sempre Tomoyo que estavam conversando na casa da jovem de longos cabelos pretos.
TOMOYO - Não sei por que está tão nervosa.
SAKURA - É que depois de três anos não sei se ele ainda sente por mim o amor que dizia sentir, às vezes sinto muito medo.
TOMOYO - Não precisa ter medo! Você mesma não me disse que nas cartas ele falava que sentia saudades de você?
SAKURA - Isso! E você não sabe como elas me faziam sentir bem, mas como ele estará? Será que ele vai me reconhecer?
TOMOYO - Só indo para ver! E quando ele vai chegar?
SAKURA - Foi bom você falar! Ele chega em duas horas, preciso ir amiga, não quer vir comigo?
TOMOYO - Adoraria mas tenho que organizar os preparativos para a peça de teatro que vamos realizar amanhã.
SAKURA - É uma pena, mas se é assim eu vou indo, tchau.
Depois de se despedir da amiga Sakura saiu da casa de Tomoyo e pode notar que o tempo começava a se fechar o que fez Sakura ir depressa para o aeroporto e chegando lá ficou esperando por cerca de 1 hora pois o desembarque se atrasou mas ela não ligava para isso pois se ficou esperando por três anos poderia esperar mais alguns minutos e no meio daquela multidão Sakura procurava com os olhos mas não conseguia ver Shoran e por um momento achou que ele tinha desistido de voltar ou por que a famÃlia dele fosse contra ou que ele não gostava mais dela e quando a multidão foi se dissipando e Shoran não tinha aparecido Sakura se virou para ir embora e foi andando e parou quando ouviu alguém gritar o nome dela e ela se virou novamente e pode ver quem era.
SAKURA - Shoran! É você mesmo Shoran?
Ela saiu correndo na direção dele para abraçá-lo e ele foi receptivo mostrando como um sentiu saudades do outro.
SHORAN - Desculpe-me pelo atraso Sakura! Eu esqueci alguns documentos e a fiscalização do aeroporto de segurou.
SAKURA - Não tem do que se desculpar!(ele nota o conteúdo da bolsa dela)
SHORAN - Você trouxe as cartas, mas por quê?
SAKURA - É que nunca saio sem elas, já virou um hábito mas mudando de assunto quanto tempo pensa em ficar aqui no Japão?
SHORAN - Eu estou em minhas férias escolares e pedi a minha mãe que me deixasse ficar uma semana.
SAKURA - É uma pena ficar só uma semana.
SHORAN - Eu também acho, mas é melhor que nada! Então vamos?
SAKURA - Ta! Você vai ficar hospedado em minha casa, ok?
SHORAN - Se não for nenhum incomodo.
Querendo o máximo de tempo juntos Sakura e Shoran decidiram fazer o caminho de volta a pé e conversaram sobre os amigos e o que viveram nesses três anos e ficaram sabendo que tanto um como o outro não tiveram nenhum relacionamento amoroso nesse meio tempo de separação e isso enchia o coração de Sakura de esperança e coragem para confessar seus sentimentos.
SAKURA - Shoran! Sabe, eu me lembro perfeitamente de todas as palavras que me disse naquela tarde.
SHORAN - Mesmo? (vermelho)
SAKURA - E isso me deu a coragem de...
Sakura foi interrompida pelo barulho do trovão e depois disso começou a chover e vendo isso, os dois correram e se esconderam embaixo do grande pingüim, mas isso não era suficiente para se protegerem já que ventava também, o que fazia a chuva chegar até eles e foi aà que Sakura teve a idéia de usar a carta Escudo para se protegerem.
SAKURA - Viu como foi bom trazer as cartas?
SHORAN - Foi mesmo, pois essa chuva não tem cara que vai acabar logo.
O fato de ficarem sozinhos criava um clima bem romântico com os dois não conseguindo se encarar e Sakura que estava visivelmente mais nervosa esfregava as mãos de tanta ansiedade tentando juntar coragem.
SAKURA - Shoran! Eu queria te dizer algo. (vermelha)
SHORAN - O que Sakura?
SAKURA - Eu queria falar que... Falar que eu te...
Naquele exato momento acontece uma grande explosão que fez o céu clarear e quase fez Sakura e Shoran perderem os sentidos por causa do enorme barulho e ficaram juntos abraçados e depois de alguns minutos o clarão desapareceu e os dois notaram que a chuva que antes era torrencial parou de repente e vendo isso Sakura retirou o poder do Escudo.
SHORAN - O que houve? A chuva parou de repente, como pode acontecer isso?
SAKURA - E não é só isso? O pingüim sumiu e não foi só ele os outros menores também.
SHORAN - Tem razão! Está tudo diferente.
Eles notaram que todos os objetos do parque haviam sumido e que tudo estava diferente com prédios destruÃdos e uma grande imensidão de um deserto árido nos fundos, o que fez Sakura tentar entrar em contato telepático com Yui ou Kero.
SAKURA - E não é só isso! Eu não consigo sentir as presenças de Kero e do Yui, é como se todos tivessem sumido.
SHORAN - Vamos andar, pois ficar aqui não saberemos o que houve.
Os dois decidiram caminhar e andando pela cidade ficaram surpresos, pois o que eles estavam vendo era uma Tomoeda totalmente diferente do que eles conheciam, pois as casas todas eram iguaizinhas e as pessoas ficavam somente dentro de suas casas olhando com espanto para os dois e como tudo era diferente eles não conseguiram encontrar a casa de Sakura, mas isso era o menor dos problemas, pois eles foram abordados por um policial.
POLICIAL - Por que vocês não estão usando um uniforme? Por acaso são rebeldes?
SAKURA - Rebeldes?! Mas do que o senhor está falando? Onde estamos?
POLICIAL - Eu faço as perguntas aqui mocinha! E vendo que não tem suas identidades concluo que realmente são rebeldes e por isso vou levá-los para a delegacia. (pega no braço dela)
SHORAN - Tire as mãos dela! Não vamos a lugar nenhum, pois não fizemos nada.
Diante da atitude de Shoran, o policial pegou suas algemas para prendê-lo, mas ao ver isso Sakura empurrou o policial e os dois fugiram e o policial pediu ajuda de outros para pega-los fazendo com que Shoran e Sakura andassem até a parte menos populosa da cidade e quando estavam encurralados foram chamados por uma mulher mascarada que estava dentro de um carro e vendo que iam ser pegos aceitaram entrar no carro que saiu em disparada com os policiais atirando.
A mulher mascarada continuava a dirigir e Sakura e Shoran não estavam entendendo nada do que estava acontecendo e a mulher pediu que os dois vendassem os olhos e mesmo não entendo nada eles aceitaram e depois de um tempo eles chegaram a uma fortaleza onde podiam ver que existiam muitas pessoas com roupas de guerras e armados até aos dentes.
SHORAN - Onde estamos?
SAKURA - O que é tudo isso? Por que nos trouxe aqui?
Diante da curiosidade dos dois a mulher tirou a mascara o que chamou a atenção dos dois.
SAKURA - Profª. Mizuki!
MIZUKI - Meu nome é Mizuki, mas não sou professora, mas como sabia qual era meu nome?
SHORAN - Mas do que está falando? A senhora nos conhece.
SAKURA - É verdade professora! Não se lembra de nós? Eu sou a Sakura e esse é o Shoran e éramos seus alunos.
MIZUKI - Eu já disse que não sou professora! Devem estar me confundido com outra pessoa! Eu só vou guardar as coisas que roubei e depois podemos conversar.
Mizuki se afastou dos dois que continuavam a não entender nada e ficavam olhando para as outras pessoas.
SAKURA - Mas quem é essa gente toda?
SHORAN - Eu não sei Sakura! Eu só sei que essa não é Tomoeda que conhecemos, assim como essa não é a professora Mizuki que conhecemos.
SAKURA - Ela está tão diferente! Ela era uma pessoa muito gentil e essa aà é muito séria.
SHORAN - Fale baixo! Olha ela vindo aÃ. (Mizuki acaba de chegar)
MIZUKI - Vocês dois! Venham comigo! Agora!
Sakura e Shoran seguiram Mizuki até a uma outra sala onde só tinham jovens da idade deles e esses jovens também estavam armados como os adultos.
MIZUKI - Vocês vão ficar aqui no grupo 2 onde se encontram os guerreiros mais jovens.
SAKURA – Guerreiros?! Para que quer formar guerreiros?
MIZUKI - Como para que? Para lutarmos contra o Clã Matsuda.
SHORAN - Clã Matsuda?! Mas que Clã é esse? Eu nunca tinha ouvido falar nele.
MIZUKI - Mas do que estão falando?! Os Matsuda são responsáveis por toda a tirania que há no mundo.
SAKURA – Tirania?! Do que está falando?
MIZUKI - Mas de que mundo vieram?! Eu vou lhes mostrar algo! Esperem aqui um pouco.
Mizuki sai e foi em direção aos outros jovens deixando Sakura e Shoran sozinhos.
SHORAN - Já ouviu falar no Clã Matsuda?
SAKURA - Eu não, mas acho que tem algo acontecendo aqui mas eu não sei e...
Sakura parou de falar pois viu algo que a surpreendeu, era a moça com quem Mizuki voltou.
MIZUKI - Eu quero que ouçam a história dessa moça.
SAKURA - Tomoyo!
TOMOYO - Como sabe o meu nome?
SAKURA - Mas o que é isso?! Não se lembra de mim? Nós conversamos hoje e...
TOMOYO – Hoje?! Mas eu nunca te vi.
Sakura não tinha notado, mas aquela Tomoyo era diferente da amiga que conhecia, pois tinha cabelos curtos e um olhar sério que nunca tinha visto.
MIZUKI - Parece que de algum jeito essa Sakura sabe nossos nomes.
SHORAN - "O que significa tudo isso?" ( pensando e observando com espanto)
MIZUKI - Vocês me perguntaram de que tirania estávamos falando, pois eu digo que a famÃlia dessa moça foi toda assassinada pelo Clã Matsuda.
SAKURA - Toda ela?! Mas isso é incrÃvel.
TOMOYO - Mas não é! Isso é costume, a minha famÃlia sempre se colocou contra esses malditos Matsuda e para puni-los os mataram sem dó nem piedade e eu fui a única que sobrevivi graças a minha mãe que conseguiu me esconder.
MIZUKI - É por isso que lutamos, para sermos livres, pois esses Matsuda dominam o mundo com mãos de ferro.
SHORAN - O mundo?! Você disse o mundo? Mas como isso é possÃvel? E os outros paÃses?
MIZUKI - São meros coadjuvantes que também estão sobre a tirania deles.
SAKURA - Mas do que estão falando? Como esse Clã pode dominar o mundo?
TOMOYO - Eu explico! 11 anos depois do começo da era Meiji, um gênio chamado Ken Matsuda seduziu o alto comando do Japão prometendo armas modernÃssimas na época que não sei como ele conseguiu, mas foi o suficiente para tornar o Japão a maior força militar do mundo.
MIZUKI - Mas Ken Matsuda não se conformou só com o Japão ele queria mais e resolveu atacar todas as nações que não se curvassem a suas ordem e com essas armas modernas ele venceu facilmente.
Sakura e Shoran, perplexos, ficaram ouvindo tudo, pois a história foi toda mudada e não sabiam como e por que.
SHORAN - Então o que vocês querem conosco?
MIZUKI - Não é obvio? Que fiquem e lutem ao nosso lado, pois toda a ajuda é necessária.
SAKURA - Lutar?! Com armas? Mas nós nunca pegamos em armas.
Sakura muito nervosa com toda aquela situação saiu correndo e Shoran foi atrás dela para acalmá-la deixando Tomoyo e Mizuki com cara de reprovação.
SHORAN - Calma Sakura! Não precisa ficar assim.
SAKURA - Como não? Estamos em um mundo onde nossos amigos não nos conhecem, um mundo onde todo mundo pega em armas para lutar, mas afinal que mundo é esse? Onde estamos? Como tudo foi acabar desse jeito?
SHORAN - Eu sei muito pouco da história do Japão, mas pelo que as duas contaram houve uma mudança que não sei como ocorreu, mas acho que tem haver com aquela explosão que vimos.
Depois de conseguir acalmar Sakura com suas palavras, Shoran a deixou no canto e foi falar com Mizuki e Tomoyo que ainda estavam esperando por uma resposta deles sobre se entrariam para a força de resistência deles.
MIZUKI - E a� O que decidiram? Vão se juntar a nós ou não?
SHORAN - Eu poderia entrar tranquilamente, mas a minha amiga não tem condições para isso e como não vou deixá-la sozinha ficarei com ela.
MIZUKI - É justo, mas fique sabendo que com essa decisão vocês não poderão ficar aqui.
SHORAN - É justo também, mas se não se importarem eu posso fazer um pedido.
MIZUKI - Faça!
SHORAN - Antes de virmos para cá, vocês não perceberam nenhuma explosão ou alteração magnética há mais ou menos 1 hora?
TOMOYO - Não houve explosão nenhuma hoje! Não sei do que está falando.
MIZUKI - É verdade, mas quando falou em alteração magnética nossos computadores registraram algo um pouco antes de eu sair daqui.
Com essa informação Mizuki levou Shoran até aos computadores que tinham e ela ficou procurando o local onde ocorreu a tal alteração magnética e não demorou muito para encontrar o local que ficava a alguns quilômetros dali.
SHORAN - Obrigado senhora! Fale-me onde posso chegar até lá.
MIZUKI - Eu posso até falar onde é, mas como vejo que não sabem onde estão, vou avisando que é por sua conta e risco.
SHORAN - Não precisa se preocupar! Eu vou sozinho com a Sakura.
MIZUKI - Ok! Façam como quiserem.
Shoran voltou para perto de Sakura e disse que iam embora dali para descobrirem o que estava acontecendo e foram sozinhos com o olhar de incredulidade dos outros, pois saindo dali eles não teriam segurança nenhuma e estranhando tanta determinação daqueles dois, Tomoyo resolveu segui-los mesmo desobedecendo ordens de Mizuki.
Chegando ao local indicado Shoran e Sakura perceberam que era uma biblioteca e quando foram olhar os livros eles viram que todos falavam de Ken Matsuda e sua famÃlia e como estava meio escuro Sakura usou a carta Luz e eles enxergaram uma porta nos fundos e ao abrirem ela descobriram que não tinha saÃda pois estava fechada com tijolos.
SHORAN - Por que não estou surpreso?
SAKURA - Já chega! Eu me cansei. (ela simplesmente usa a carta forte para derrubar a parede de tijolos)
SHORAN - Foi bom mesmo ter trazido as cartas! Elas serão muito úteis.
SAKURA - Agora vamos entrar.
Ao entrarem os dois perceberam que o lugar era uma espécie de esconderijo onde encontraram alguns aparelhos com um painel luminoso na base dele e chegando mais perto para ver eles notaram que era uma data.
SHORAN - 16 de Abril de 1880.
SAKURA - Mas o que quer dizer isso? Eu não entendi.
SHORAN - Espere aÃ! 1880 é exatamente 11 anos depois do começo da era Meiji.
SAKURA - É mesmo! A professora Mizuki falou que foi nessa época que esse tal de Matsuda entrou no governo do Japão.
SHORAN - Agora as coisas começam a fazer sentido! Pense bem, isso aqui deve ser uma maquina do tempo e alguém deve tê-la usado para interferir na história.
SAKURA - Mas por que só nós dois nos lembramos de tudo?
SHORAN - Essa mudança ocorreu na explosão e como estávamos protegidos pela carta Escudo a mudança do tempo não nos afetou e...
Shoran é interrompido por um grito vindo dos fundos da sala.
Próximo capÃtulo = A ESTADIA NO DOJO KAMIYA
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