Noite sem fim

Ficwriter: TreinadorX
Inuyasha - ação/aventura, mistério, romance, suspense
15 anos - aguardando continuação


Os acontecimentos dessa fic ocorrem cinco anos depois do final da fic ‘Na noite mais escura’, ou seja, três anos depois dos acontecimentos da fic ‘Simplesmente destino’, onde Shippou descobriu que, por uma incrível coincidência, InuYasha era seu pai biológico, descobrimos também que InuYasha tinha ficado paraplégico, ficando, portanto, em uma cadeira de rodas e que Kagome tinha entrado para o mundo da política, se elegendo vereadora da cidade de Tóquio, agora vamos á história.

 

Eram um pouco mais de oito da manhã e Shippou, agora um rapaz de dezoito anos, estava se exercitando nos aparelhos de uma academia improvisada, que fora montada por InuYasha no porão do seu restaurante e naquele momento o próprio InuYasha aparece no local e fica observando seu filho treinando, Shippou nota sua presença e com isso para imediatamente o treino.

SHIPPOU – Bom dia. (se curvando para ele)

INUYASHA – Bom dia. (ele começa a girar a roda da cadeira para se aproximar do rapaz) – Não acha que está exagerando nos treinos?

SHIPPOU – Não acho! Só quero conhecer o meu limite! (ele olha bem a expressão de preocupação no rosto de InuYasha) – O que foi? Não era esse entusiasmo que queria que eu mostrasse nos treinos? Por acaso está arrependido de me treinar?

INUYASHA – Não é isso, Shippou! Eu só acho que não tem necessidade de forçar tanto nos treinos.

SHIPPOU – InuYasha! (ele o encara) – Por acaso o Mestre Zhi maneirava com você nos treinos?

INUYASHA – Mestre Zhi maneirar?! Claro que não! Aquele ali era um carrasco, mas você não tem necessidade disso e...

SHIPPOU – É aí que está enganado, InuYasha! (ele se afasta e fica de costas para InuYasha) - Todos nós temos nossas necessidades.

Shippou olhava para o teto do porão enquanto permanecia de costas para InuYasha, que naquele momento pensava em dizer algo ao filho, mas não teve tempo, pois um menino, de cabelos negros espetados, entrou correndo naquela academia improvisada e logo foi agarrando o pescoço de InuYasha por trás.

INUYASHA – Genku! Bom dia.

GENKU – Bom dia, papai! (ele olha para Shippou) – Bom dia mano Shippou.

SHIPPOU – Bom dia. (ele se aproxima do menino colocando a mão na cabeça dele) – Não tinha que estar na escola?

GENKU – Hoje vai ter uma reunião de pais, por isso não tem aula! (ele ergue os braços) – Sorte minha. (sorrindo)

INUYASHA – Agora venham os dois para a cozinha para tomarem o café da manhã.

InuYasha sai do porão enquanto era seguido por Shippou e Genku, que logo já estavam sentados á mesa e notam a ausência de alguém no local.

SHIPPOU – E Kagome? Quando volta?

INUYASHA – Ela deve chegar hoje á noite! O vôo de Nova Iorque até Tóquio tem escalas em algumas cidades, portanto vai demorar.

GENKU – Por que a mamãe teve quer ir tão longe? Já são quatro dias sem ela.

INUYASHA – É o trabalho dela.

GENKU – Mesmo?

SHIPPOU – Houve uma denúncia de superfaturamento em uma obra realizada pela prefeitura e que foi financiada com o dinheiro de uma empresa americana! Kagome faz parte de um grupo de vereadores que foi enviada para investigar essa denuncia, portanto é trabalho dela sim.

GENKU – Ainda não entendi.

INUYASHA – Genku! Só precisa saber que logo verá Kagome. (ele acaricia o rosto do menino e em seguida olha para Shippou) – Não devia falar essas coisas de política com o Genku, sabe que ele não vai conseguir entender.

SHIPPOU – Mas é o trabalho de Kagome, não?

InuYasha não gostava de falar de política, mas não tinha como fugir daquele assunto estando casado com uma vereadora, mesmo assim ele tentava, por isso mudava de assunto.

INUYASHA – Vai trabalhar hoje?

SHIPPOU – Vou sim! (ele usa o guardanapo para limpar a boca) – Mas vou me encontrar com Xolan antes disso para combinarmos um esquema de estudo! Vestibular está aí e não quero levar bomba.

GENKU – Mano Shippou! Vai mesmo entrar para universidade?

SHIPPOU – Pelo menos vou tentar! (ele se levanta á mesa) – Já vou indo.

Ele se afasta de InuYasha e Genku para sair de casa, mas InuYasha se manifesta ao mesmo tempo em que ia em direção á ele.

INUYASHA – Espere um minuto, rapaz! (ele se aproxima de Shippou)

SHIPPOU – O que foi?

INUYASHA – Amanhã é aniversário de Satsuki.

SHIPPOU – E daí?

INUYASHA – Como e daí?! Isso não te interessa?

SHIPPOU – Não! Pelo menos não desde que ela resolveu terminar o nosso namoro! Quase não nos vemos e quando isso acontece é porque estou com Xolan que é namorado de Maya, amiga de Satsuki.

INUYASHA – Mesmo com o fim o namoro de você, Satsuki continua sendo minha sobrinha! Sesshoumaru vem aqui mais tarde falar sobre a festa surpresa que pretende fazer, ele conta com a gente e...

SHIPPOU – Esquece isso! Satsuki não vai querer festa alguma.

INUYASHA – Por que não?

SHIPPOU – Isso devia perguntar á ela! Satsuki mudou muito de uns tempos para cá! (ele respira fundo) – Eu volto antes que Kagome chegue.

Shippou se despede de InuYasha para ir ao trabalho, o rapaz trabalhava meio período como instrutor de uma escola de computação, sem falar que ele ganhava dinheiro também consertando computadores em casa e enquanto isso na casa de Sesshoumaru, durante o café da manhã, o jornalista estava tendo uma pequena discussão com a filha enquanto ambos estavam sentados á mesa, pois Satsuki tinha voltado para casa depois das duas da madrugada, Rin observava toda a cena.

SESSHOUMARU – Onde você esteve ontem á noite?

SATSUKI – Eu já disse! Saí com algumas amigas e...

SESSHOUMARU – Eu perguntei aonde e não com quem esteve!

SATSUKI – Eu não fiz nada de errado se é a sua preocupação, pai.

SESSHOUMARU – Satsuki, preste atenção! Eu não quero que volte tão tarde! Eu deixei a luz de fora acessa! Sabe quanto se gasta com conta de luz e...

SATSUKI – Se é esse o problema, desconte da minha mesada! Eu não preciso dela mesmo, pois, com a ajuda da Maya, consegui um emprego.

RIN – Mas isso é ótimo, Satsuki! (depois olha para o marido) – Não é mesmo, amor?

SESSHOUMARU – É sim! Mostra que está tendo responsabilidade, mas isso não significa que tenha que me desobedecer, caso contrário, ficará de castigo.

SATSUKI – O que?! (ela se levanta á mesa) - Mas isso é ridículo.

RIN – Satsuki! Não fale assim com seu pai.

SATSUKI – Não podem me tratar como criança! Eu já tenho dezoito anos.

SESSHOUMARU – Não até a amanhã! E não importa sua idade, pois enquanto estiver na minha casa, seguirá as minhas leis.

SATSUKI – Ok pai! Se está tão interessado em saber onde estou e vou, fique sabendo que vou sair amanhã de novo.

SESSHOUMARU – Você não vai, não. (ele se levanta também)

SATSUKI – Eu vou sim!

O fato de Satsuki o desafiar fazia Sesshoumaru a se enervar, percebendo isso, Rin segura a mão do marido para que ele se lembrasse de contar até dez para se acalmar, nisso ela se manifesta.

RIN – Satsuki! Por que não deixa para sair outra noite! Amanhã é um dia especial para você e...

SATSUKI – Espere aí! Não me digam que estão preparando uma festa para meu aniversário.

RIN – Sim! Eu achei que ia gostar e...

SATSUKI – Gostar?! Não percebe o quanto isso é infantil? Isso é coisa para criança.

RIN – Isso não é verdade, Satsuki.

SESSHOUMARU – Estava pensando em convidar InuYasha, Kagome, Shippou e Genku para a festa e...

SATSUKI – Vocês são inacreditáveis mesmo. (ela se afasta) – Vou sair.

SESSHOUMARU – Satsuki! Volte aqui! Eu ainda não terminei.

Satsuki ignora as palavras do pai e vai embora deixando Sesshoumaru falando sozinho, o jornalista fica sem reação diante da atitude da filha, Rin o ampara.

RIN – Acho que não foi uma boa idéia falar da festa.

SESSHOUMARU – O que está acontecendo com essa menina?

RIN – O que está acontecendo é que ela não é mais uma menina.

SESSHOUMARU – Mesmo assim a rebeldia dela está ficando fora de controle! Ela está se comportando assim desde que descobriu que Shippou e ela são primos.

RIN – Acha que isso tem haver com a rebeldia de Satsuki?

SESSHOUMARU – Eu não sei, mas eu preciso botar um limite nessa menina. (ele da um beijo nela) – Eu já vou indo, não quero chegar atrasado de novo.

RIN – Então vai! Eu cuido de tudo por aqui! Vamos fazer essa festa mesmo que ela não queira.

SESSHOUMARU – Você é demais! (ele da outro beijo nela) – Onde está Sara?

RIN – Está dormindo ainda, mas já, já ela acorda. (sorrindo)

SESSHOUMARU – A gente se vê mais tarde.

Depois de se despedir da esposa, Sesshoumaru foi ao seu trabalho no jornal Diário da manhã e enquanto isso, já sem a presença de Shippou, que tinha saído, InuYasha e Genku terminavam o café da manhã, ambos sentados á mesa.

INUYASHA – Agora junte a louça e deixe que eu lave.

GENKU – Ta, mas posso tomar mais leite?

INUYASHA – E a palavra mágica?

GENKU – Por favor, posso tomar mais leite?

InuYasha sorriu com a bondade do menino para em seguida pegar a jarra de leite e encher o copo de Genku, naquele momento o telefone da casa começa a tocar, InuYasha deixa Genku tomando leite para atender o aparelho.

INUYASHA – Alô.

KAGOME – InuYasha! Sou eu, amor.

INUYASHA – Oi, bom dia.

KAGOME – Bom dia nada! Esqueceu que estou em Nova Iorque? Aqui ainda é quarta-feira e de noite. (ela olhava para o relógio de pulso) – Esse fuso horário me deixa louca.

INUYASHA – Está voltando?

KAGOME – Sim! Estou nesse momento no aeroporto, a comissão de vereadores já fez toda a investigação.

INUYASHA – Olha Kagome! A política não me interessa! Sabe disso.

KAGOME – Eu sei, mas sabe muito bem que só aceitei fazer parte dessa comissão de vereadores para aproveitar a ida ao EUA e falar com aquele especialista sobre a minha infertilidade.

INUYASHA - Como foi com o especialista?

KAGOME – Fiz todos os exames que me pediu, ele ficou de mandar, por fax, os resultados! InuYasha! Como está o Shippou

INUYASHA – Bem, ainda meio deprimido por causa de Satsuki, mas parece-me bem.

KAGOME – E Genku?

INUYASHA – Estou olhando para ele nesse momento! (olhando para o menino juntando a louça) – Não sabe quanta saudade ele sente de você, aliais, todos nós estamos com muita saudade.

KAGOME – Eu também estou com muita saudade de todos vocês! Olha InuYasha! Eu quero que vocês três estejam aí quando eu chegar, preciso falar uma coisa urgente á vocês.

INUYASHA – Mesmo?! Sobre o que?

KAGOME – É sobre minha carreira na política! Estou prestes a tomar uma decisão muito importante e quero que sejam os primeiros a saberem.

INUYASHA – Ok! Quando chegar, falamos sobre isso! Kagome! Eu te amo.

KAGOME – Também te amo! Chego assim que puder.

InuYasha coloca o telefone de volta no gancho para em seguida se juntar novamente á Genku para lavar a louça, ele tentava imaginar que assunto urgente era esse que Kagome queria falar até Genku chamar sua atenção.

GENKU – Papai!

INUYASHA – O que foi?

GENKU – Vai abrir seu restaurante, hoje?

INUYASHA – Claro que vou! Os funcionários já devem estar chegando! Agora quero que vá para seu quarto e termine a lição de casa.

GENKU – Sim senhor.

Genku se afasta de InuYasha para ir até o quarto dele, o filho de Kouga e Ayame era muito pequeno quando seus verdadeiros pais foram mortos e como foi criado por Kagome e InuYasha, ele os chama, respectivamente, de mamãe e papai e enquanto isso, estando na cidade de Nova Iorque, depois de falar com o marido por telefone, Kagome passava pelo check-in no aeroporto, a fim de viajar de volta para Tóquio, sem saber, ela é avistada por Zuza, que imediatamente pega seu celular para falar com Natsume, antiga advogada de Naraku e colaboradora de Juroumaru nos acontecimentos de cinco anos atrás.

ZUZA – Natsume! Estou vendo Kagome! Ela é realmente parecida com Kikyou, não me admira que InuYasha tenha se encantado por ela.

NATSUME – Como eu disse.

ZUZA – Eu estarei no mesmo vôo que ela! Tem certeza que amanhã é o dia correto para a ação?

NATSUME – Tenho sim! Aqueles que acabaram com Naraku devem pagar! Kagome! InuYasha! Sango! Sesshoumaru! Rin! Todos devem pagar, todos, sem exceção.

ZUZA – O nosso homem está pronto para a missão?

NATSUME – Está sim! Ele fará tudo que ordenar! Ele é a pessoa perfeita, um assassino sem nada a perder.

Zuza desliga seu celular e segue em frente para pegar o avião e voltar ao Japão, seja o que for que eles querem com Kagome, não era nada legal e enquanto isso, depois de ficar sozinha em casa com a filha, já que Satsuki saiu intempestivamente e Sesshoumaru foi ao trabalho, Rin cuidava de Sara, de três anos de idade, que acabara de acordar.

RIN – Oi princesinha. (fazendo caretas para ela) – Ainda bem que estava dormindo quando seu pai e sua irmã brigaram. (ela respira fundo) – Da para ver que são pai e filha! São dois ‘cabeças duras’.

SARA – Cabeça dura?!

RIN – É cabeça dura! Os dois! Eu não sei o que fazer! Até parece que estou no meio de duas facções em guerra. (ela olha para os olhos inocentes da filha) – Mas por que estou falando isso com você? (ela acaricia o rosto da filha) – Como eu te invejo, filha! Nada com o que se preocupar a não ser a próxima travessura que vai aprontar. (sorrindo)

SARA – Quero ir para a escola, mamãe.

RIN – Mas você vai! É por isso que estou te arrumando.

Rin trocava as roupas de Sara para arrumá-la a fim de levá-la para a creche, naquele momento a campainha da casa tocou, a esposa de Sesshoumaru pegar a filha no colo e em seguida descer as escadas para atender a porta, ao abri-la, Sango e Tamira, de quatro anos de idade, aparecem diante dela.

RIN – Oi Sango!

SANGO – Oi Rin.

RIN – E não veio sozinha. (ela olha para Tamira) – Mas que surpresa! Entre.

SANGO – Obrigada.

Rin da passagem para que Sango e Tamira entrem na casa, logo Tamira e Sara conversam sob os olhares de suas respectivas mães.

RIN – Elas se dão muito bem, não acha?

SANGO – Acho sim. (depois ela olha para Rin) – Mas não foi para isso que vim até aqui.

RIN – O que foi?

SANGO – Eu vou estar ocupada hoje e a babá avisou que não poderia trabalhar hoje, por isso vou precisar que olhe Tamira por mim até minha volta.

RIN – Nem precisava pedir, faço isso com enorme prazer.

SANGO – Tem certeza? Não quero atrapalhar nada e...

RIN – Não atrapalha em nada! Agora me fala, Sango! Vai estar ocupada com o que? Não me diga que é aquele médico bonitão.

SANGO – O Zakira?! Não é não! O que vou fazer é trabalho e não prazer.

RIN – Ainda é a respeito daquilo que Kagome te pediu? Então descobriu algo novo?

SANGO – Nada! É só uma suspeita! Kagome ficou intrigada quando Miroku disse que a infertilidade dela tinha algo com a jóia de quatro almas, mas eu não posso imaginar o que seria isso e nem os motivos de Miroku ter escondido isso dela.

RIN – Pobre Kagome! Está lutando tanto para ser mãe ou pelo menos descobrir as causas de sua infertilidade.

SANGO – InuYasha me disse que Kagome chega de viagem hoje á noite! Isso dá tempo de ir até Yokohama, falar com algumas pessoas e depois voltar. (ela olha o relógio de pulso) – Melhor eu ir até a estação para não perder o trem.

RIN – Então vá e deixe que eu levo Tamira até a creche, que aliais, é a mesma da Sara.

SANGO – Obrigada, Rin. (ela se agacha para olhar nos olhos de Tamira) – Escute bem, Tamira! A tia Rin vai levá-la até a creche, mais tarde mamãe vêm te pegar.

TAMIRA – Mamãe vai pegar homens maus? (Sango da um beijo no rosto da filha)

SANGO – Pelo menos vou tentar. (sorrindo para em seguida se levantar) – Eu já vou.

Sango se despede de todas e vai embora deixando sua filha aos cuidados de Rin, que se manifesta diante das meninas.

RIN – Que tal comer um biscoito antes de sairmos, hein?

TAMIRA – Eu quero!

SARA – Eu também quero, mamãe!

RIN – Então vamos.

Rin guiou as meninas até a cozinha para pegas os biscoitos e enquanto isso em uma loja de roupas no centro da cidade, Satsuki tinha acabado de ser entrevistada pelo gerente da loja, depois disso foi falar com Maya, sua amiga de longa data, que estava do lado de fora da sala, esperando por ela.

MAYA – Como é que foi?

SATSUKI – Como que foi? (ela parecia triste e logo em seguida mudou de fisionomia radicalmente) – Foi ótimo! Estou contratada.

Depois dessa notícia, as duas amigas se abraçam e comemoram muito aquele resultado.

MAYA – Vai ser ótimo trabalharmos juntas. (elas vão para frente do balcão)

SATSUKI – E isso não é o melhor! Ganhando meu dinheiro, não vou ter que precisar pedir toda a hora para meu pai.

MAYA – Isso é bom mesmo, mas mudando de assunto, eu ando meio preocupada com você.

SATSUKI – Comigo?! Por quê?

MAYA – Eu não me lembro de vê-la sair com ninguém desde que se separou de Shippou.

SATSUKI – Estou bem, só estou ‘fechada para balanço’ como alguns dizem.

MAYA – Então é melhor ‘reabrir o comércio’! Não pode ficar sofrendo e...

SATSUKI – E quem disse que estou sofrendo? (sorrindo)

MAYA – Espere aí! Então isso significa que tem alguém na parada, quem? Fale-me.

SATSUKI – Não tem ninguém! Por que acha que para estar feliz tem que estar com alguém?

MAYA – O sentido da vida é a busca da felicidade e a gente a encontra junto com mais alguém, não a encontramos sozinha.

SATSUKI – Mas eu sim!

MAYA – Não quer falar o nome do ‘gatinho’, não fale e... (o gerente aparece diante delas)

GERENTE – Volte ao trabalho, mocinha.

MAYA – Sim senhor.

O gerente da loja se afasta das amigas e quando Maya ia se despedir de Satsuki, ela vê seu namorado, Xolan, entrando na loja e indo até ela.

XOLAN – Oi gata!

MAYA – Oi. (eles se beijam) – Mas que surpresa boa.

XOLAN - Vim dar uma passada para te ver.

MAYA – Sei. (ela coloca os braços em volta do pescoço dele) – E não veio me pedir nada também, não é?

XOLAN – Pode ser.

SATSUKI – Acho que estou sobrando aqui.

XOLAN – Me desculpe, Satsuki! Nem tinha percebido sua presença aqui.

SATSUKI – Tudo bem, vou deixá-los a sós.

Satsuki se afasta do casal, ao chegar na saída, ela ainda da uma olhada para Maya e Xolan, que se beijavam, ela deu um sorriso tímido e seguiu em frente para sair da loja, mas ao fazer isso, ela avista Shippou, que estava de costas para ela, olhando um prédio do outro lado da rua.

SATSUKI – “Droga! Ele deve ter vindo com o Xolan.” (pensando)

Satsuki se afastou do local na esperança de não chamar a atenção de Shippou, mas este já tinha percebido sua presença.

SHIPPOU – Está fugindo de mim? (gritando, fazendo-a parar)

SATSUKI – Eu?! Fugindo de você?! Não seja bobo, Shippou. (ele se vira ficando de frente á ela)

SHIPPOU – Desde que terminamos, nós quase não nos falamos mais, você vive me evitando, como quer que eu não interprete isso como ‘fugir de mim’?

SATSUKI – Isso é problema seu! Nós acabamos Shippou e isso é tudo que precisa saber.

SHIPPOU – Satsuki! Pelo menos me diz o que fiz de errado, pois não me venha com aquela história de sermos primos, pois você já estava estranha comigo antes da descoberta.

SATSUKI – Quer saber mesmo a razão da nossa separação?

SHIPPOU – Mas que tudo na vida! Preciso entender o que fiz de errado.

SATSUKI – Soten.

SHIPPOU – Soten?! Mas o que ela tem haver com isso?

SATSUKI – Tudo haver! Mesmo que me diga o contrário, você nunca se esqueceu dela de verdade.

SHIPPOU – Mas do que está falando? Eu fiquei com você! Eu escolhi você.

SATSUKI – Não! Não foi você que me escolheu! Foram as circunstâncias que fizeram você me escolher! Ela foi embora e eu fiquei, por isso ficou comigo, mas você garante que se ela ficasse, ou que se ela de repente aparecesse, você garante que ainda ficaria comigo?

SHIPPOU – Mas é claro que ficaria com você! Eu te amo, ainda te amo muito e...

SATSUKI – Mas eu não tenho certeza! Na verdade nunca tive! Eu vi sua ânsia de encontrá-la de novo e afinal de contas, por que não estaria ansioso para ver Soten? Vocês foram namorados.

SHIPPOU – Essa conserva não tem sentido algum.

SATSUKI – Não tem mesmo! Por isso vou embora e...

SHIPPOU – Só me responda uma coisa, Satsuki! Se tudo o que me falou é verdade, por que não me falou isso na época da separação?

SATSUKI – Porque não queria me sentir mais humilhada do que já estava! Não era fácil admitir que seu namorado estava com você, mas com a cabeça em outra! Agora tenho que ir.

Satsuki se afasta do ex. namorado à passos acelerados, Shippou nada podia fazer e só ficou observando a filha de Sesshoumaru sumir de sua vista, nisso Xolan aparece, de repente, por trás dele.

XOLAN – Ela está brava, hein?

SHIPPOU – Você viu a discussão? (ainda de costas para ele)

XOLAN – Um pouco! Deu pelo menos para ouvir um nome! Soten.

SHIPPOU – Xolan! (ele se vira para ficar de frente com o amigo) – Você acompanhou o meu namoro com Satsuki! Acha que ela está certa quanto á Soten?

XOLAN – Eu não sei! Quando pensa em Soten, sente algo diferente?

SHIPPOU – Eu não sei! Eu não a vejo há tanto tempo! Eu não sei como vou me comportar se vê-la novamente.

XOLAN – Ela nunca mandou nenhuma mensagem, carta, e-mail ou algo parecido?

SHIPPOU – Nada! Em cinco anos não tive nenhuma notícia dela, mas o meu problema não é Soten e sim Satsuki.

XOLAN – Eu pelo menos já consegui o que queria. (exibindo uma sacola de roupas femininas)

SHIPPOU – Você sabe que isso que está fazendo não é legal, não sabe?

XOLAN – O que eu sei é que estou me dando bem, você poderia se dar bem também se ainda estivesse namorando a Satsuki, pois ela também vai trabalhar na loja.

SHIPPOU – Mesmo?! Que bom para ela, mas eu não faria com ela, o que está fazendo com Maya, ela pode ser demitida do trabalho.

XOLAN – Isso não vai acontecer! Sou cuidadoso.

SHIPPOU – Como quiser. (ele encara o amigo) – Mas mudando de assunto! Você vai fazer o que combinamos?

XOLAN – Já disse que sim! Caso seus pais liguem, confirmarei que está estudando comigo.

SHIPPOU – Ótimo!

XOLAN – Shippou! Pode me falar o que faz quando mente para pais?

SHIPPOU – Não! Isso é assunto meu! Você vende roupas que Maya compra com o desconto para funcionário e isso é ilegal, mas não falo nada porque não é assunto meu, portanto peço o mesmo.

XOLAN – Ta! É justo! Cada um com seu trabalho.

SHIPPOU – Sim. (ele olha o relógio de pulso) - Por falar em trabalho, tenho que ir ao meu.

Shippou se despede de Xolan e vai correndo para o trabalho de instrutor de informática, embora não concordasse com as coisas que o amigo fazia, Shippou tinha uma espécie de gratidão com Xolan, que foi o único amigo que manteve desde a época do colégio.

HORAS MAIS TARDE

Já era quase meio-dia e no jornal Diário da manhã, Sesshoumaru estava no computador, escrevendo para seu blog de notícias quando, de repente, Momiji aparece em sua frente.

MOMIJI – Oi, Sesshy! (se sentando em cima da mesa dele)

SESSHOUMARU – Oi! (ele não olha para ela e continua digitando) – Veio meio tarde, pois normalmente você chega antes de mim para fazer a matéria, o que aconteceu? Perdeu sua fonte?

MOMIJI – Não! Pelo contrário. (ela sai de cima da mesa) – Eu soube que a polícia achou o corpo de outra vítima do ‘estrangulador das meias de nylon’. (ele para de digitar no computador) – O número já sobe para dez.

SESSHOUMARU – Eu sei.

Sesshoumaru era o jornalista, do Diário da manhã, responsável pela cobertura jornalística do caso do ‘estrangulador das meias de nylon’, um assassino em série, que estuprava e depois matava mulheres enforcando-as com meias de nylon, esse bandido já aterrorizava a cidade há pelo menos seis meses, quando foi encontrado o corpo da primeira vítima, agora já são dez.

SESSHOUMARU – Por que foi atrás dessa informação? Sua área é cobertura política e não criminal.

MOMIJI – Acontece que esse ano é ano de eleições municipais e o tema segurança publica está no centro da discussão! Certamente o prefeito Ryukosei será bastante cobrado pela não captura desse assassino, portanto esse caso é do meu interesse sim.

SESSHOUMARU – Tome cuidado, Momiji! Alguns podem alegar que esteja fazendo isso para ajudar Gakusajin nas suas pretensões de retornar á prefeitura de Tóquio, lembrando que sua irmã trabalha para ele.

MOMIJI – É tocante sua preocupação comigo, mas eu me preocupo com meu bem estar, portanto trabalharemos juntos, pelo menos nesse caso.

SESSHOUMARU – Como quiser! (ele volta a digitar no computador) – Eu só tenho que acabar de escrever a minha coluna e depois iremos até o departamento de polícia.

MOMIJI – Ta! (ela olha ao redor da redação para se certificar que não estavam prestando atenção neles) – E aquele outro nosso assunto?

SESSHOUMARU – O LPAP?! (ele olha ao redor) – Falamos nisso depois.

MOMIJI – Ok! (ela percebe o abatimento dele) – Sesshoumaru! Você está bem?

SESSHOUMARU – Estou sim! Só alguns probleminhas em casa.

MOMIJI – Problemas com a esposa?

SESSHOUMARU – Não! Com Rin está tudo bem! É Satsuki.

MOMIJI – Ah sei! A filha rebelde. (ela volta a se aproximar dele) – Olha Sesshy! Se você precisar conversar com alguém sobre isso, eu estou aqui.

SESSHOUMARU – Obrigado, mas resolvo isso eu mesmo.

Momiji de meia volta para ir até sua mesa, aonde iria escrever sua coluna, mas ela não conseguia tirar os olhos de cima de Sesshoumaru, desde que eles começaram a trabalhar juntos na investigação sobre o LPAP, que Juroumaru enviou para Natsume, ela se sentia atraída pelo marido de Rin, mas sabendo que ele era casado, Momiji se segurava.

 

Próximo capítulo = Recomeçar é preciso – parte 2

 

 



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seriana - 2016-12-22 23:19:28
olá amando a historia espero que continue com ela . bjs




~~* MM*~~ - 2010-12-30 20:46:43
A sua fic ta muuito legal, leio ela desde o começo.Mas,se me permite perguntar...quando é que ela vai acabar? ta ótima. Bj^^

TreinadorX respondeu: Para ser sincero planejei acabar com ela ano passado, mas devido alguns imprevistos não foi possível, acrescentando isso ao fato do roteiro ter ficado maior do que imaginei, portanto a história esta longe do fim.





Agome Taisho - 2010-06-20 17:45:16
Espero que o Sesshoumaru não fique com seqüelas. Agora me passou uma idéia na cachola.... o pai do filho da Satsuki é o Xolan?! Espero que Inu consiga alguma coisa na outra cidade, e que o parceiro dele não faça parte do lado negro da força xD Bem, por agora é só... Ate a próxima o/

TreinadorX respondeu: Não, ele não vai ficar não. Sesshoumaru ficará bem. Pelo menos fisicamente. Aguarde as novidades. Acha que Zuko faz parte do lado negro? Vamos ver. Valeu





Agome Taisho - 2010-01-23 20:05:16
Mas menino.... é muita emoção pra um capitulo só..... Desse jeito meu pobre coraçãozinho num guenta.... “Escute, senhor prefeito. Devo lembrá-lo que tenho uma gravação que prova seu envolvimento no assassinato de Myuga.” E a historia tem mais uma reviravolta..... e algo me diz que não para por ai não..... tem muito mais ainda... Estou totalmente sem palavras =OOOOOOOOOO As únicas coisas que tenho a dizer são que tomara que mesmo libertando o Narak a maluca da Natsume não de uma de louca e mude os planos de não devolver o Shippou, mas o que ela vai fazer com o Narak se ele esta tão pobre de acabado?! Vai quere usar a joia nele?! O.o Genteinnnn...... aqui tem mais suspense do a serie Supernatural (Sobrenatural *-*) Acho que vão ter que salgar e queimar os ossos no final pra ter certeza que esse povo ruim não vai mais perturbar...

TreinadorX respondeu: Primeiro desculpe a demora (quase três semanas sem acessar o computador) em responder, mas enfrentei alguns problemas com o meu PC. A história ainda vai ter muita reviravolta. Nossa! É uma honra para mim essa menção á série Sobrenatural (Supernatural), pois sou fã da saga dos irmãos Winchester. Só que Sam e Dean cuidam de fantasmas, espiritos e outras aberrações e aqui, na fic, Naraku e Cia são bem humanos. Salgar e queimar os ossos não será necessário. (risos) É outro departamento. Continue acompanhando.





amanda-rin - 2009-12-30 14:36:56
Acompanho essa fic desde o primeiro cap. E hoje que fui reparar que ela tem mais de um ano. Uhull parabens. Nao sei se conseguiria manter uma fic tanto tempo.

TreinadorX respondeu: Agora que eu percebi que já faz mais de um ano. Ela atravessou todo o ano de 2009. Eu sei como a história termina e só tenho que preencher o meio, por isso consigo mantê-la por tanto tempo. Continue acompanhando.





Agome Taisho - 2009-12-19 20:43:08
Ai meu Deus, o mirok mal saiu das mãos dela e volta, que coisa Será que ele e o Inu vão ser torturados?! O Sesshy vai ter alguma seqüela?! É tanta coisa que me deixa doidinha......... só mais um pouquinho <3 Ai, ai, ai.... e agora quem poderá ajuda-los?! O Chapolin que não vai ser.... XD *momento piada infame* Tomara que os próximos não demorem.... Isso se os sites cooperarem, quando não é um que da problema é o outro ¬.¬ Bom, por agora é só.... Ate mais o/

TreinadorX respondeu: O que vai acontecer com Inu e Miroku é algo, de certo modo, surpreendente. Você vai ver. Apesar de ser fã do Chapolin Colorado, ele não vai aparecer não. (risos) Sesshoumaru, garanto, que não terá nenhuma sequela. Pode ficar tranquila. Isso eu posso adiantar. Vou tentar manter o nível de atualização e um por semana, mas ando meio sem tempo mesmo em fim de ano. Valeu





Agome Taisho - 2009-10-16 19:14:58
Treinador eu quase tive um filho colorido XD O nome do pai do filho que a Satsuki espera só vai ser revelado em meio um tragédia?! Nem quero imaginar Oo Eu já sabia que a Elisa não prestava, agora tenho certeza.... Que safada!!! Hum.... esse plano da Ka em querer chamar a atenção da Natsume pode ser meio perigoso, afinal ela já passou maus bocados (mesmo tendo sido seqüestrada por Mirok) e ainda não sossegou?! Agora ate quando Satsuki vai agüentar ver sua família brigando por um filho que nem é do Shippou?! Ainda mais quando Rin contar pra ela que sabe que o filho que ela espera não é dele... E Shippou esta disposto a fazer tudo por ela, casar e ate trancar a faculdade, creio que ela não ira agüentar a ver tantos sacrifícios que ele fará por ela e acabara contando, isso se por alguma coincidência alguém encontrar o prontuário dela... Isso sem contar que assim que a mentira vier a tona, a família toda ira ficar muito decepcionados com ela, não quero nem pensar no que o Sesshoumaru fará.... o desprezo e decepção do Shippou também serão os piores... Agora estou curiosa pra ver o que o Sesshoumaru vai mostrar para o Inu e também ansiosa para ver a reação da Satsuki quando Rin contar para ela que sabe que o filho que ela espera não é do Shippou. Bom por hoje é só... Ate mais Treinador o/

TreinadorX respondeu: Isso mesmo. Só no meio de uma tragédia que afetará a todos da família. Satsuki ainda vai passar or maus bocados diante de tanta mentira. Já estava na cara que Elisa não prestava e ela tem seus próprios planos. Kagome não tem medo de chamar a atenção da turma de Natsume porque persebeu que não adianta se esconder. Continue acompanhando a fic. Bjs







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