Primeiro amor

Ficwriter: TreinadorX
Naruto - drama, romance
livre - completa


Nos jardins floridos da mansão Hyuuga estava uma menina de doze anos. Era Hanabi Hyuuga. A caçula do clã sempre foi uma ninja dedicada apenas aos treinos e poucas vezes se dava ao luxo de admirar os jardins de sua casa e por isso muitos estranhavam essa mudança repentina de comportamento.

HANABI – Cheirar essas flores me faz lembrar dele. (ela cheira uma rosa) – Kiba.

Sim, Kiba. Ele era o motivo da repentina mudança de comportamento da pequena Hyuuga. Ela mesma não sabe quando começou a sentir algo diferente pelo parceiro da irmã mais velha. Talvez foi na ocasião que o Inuzuka lançou seu sorriso encantador para a jovem Hyuuga assim que adentrou em sua mansão, á convite de Hinata, para tomar um chá. Desde aquele dia, toda vez que vê Kiba, mesmo de longe, Hanabi sente seu sangue se agrupar em suas bochechas que produziam um leve avermelhado na pele. Kiba a atraía mais do que tudo no mundo. Mais do que os treinos. Mias do que as leituras. Mais do que as paisagens. Mais do que tudo. Talvez fosse pelo seu sorriso, que a fazia corar. Talvez fosse pelo seu charme selvagem, que a fazia imaginar que seus beijos deviam ser mais selvagens ainda. Isso a fazia corar ainda mais. Seu coração disparava.

HANABI – Rosa. Deve ser a flor preferida dele.

Hanabi tinha essa convicção desde o dia que flagrou seu amado Inuzuka cheirando, com seu olfato aguçado, essas mesmas flores durante uma de suas visitas. Então, para Hanabi, cheirar essas mesmas flores era como se compartilhasse o mesmo cheiro de Kiba. Loucuras do primeiro amor.

HANABI – O que é isso que estou sentindo?

Nem mesmo Hanabi conseguia compreender aquela sensação. O amor era um sentimento novo para a Hyuuga. Apreciar o jardim não era a única mudança. Hanabi passou a ser mais vaidosa. Ficava mais tempo em frente ao espelho. Admirava sua franja, que dava um charme maior ao seu rosto angelical. Kiba era o responsável por tudo isso. Sempre que o vi, ela dava seu melhor sorriso.

HANABI – “Será que é amor?” (pensando)

Hanabi pensava nisso, pois não tinha coragem de fazer essa pergunta em voz alta e naquele exato momento ela ouve a voz do seu amado.

KIBA – Sabia que a encontraria aqui.

Hanabi quase deixa a flor cair de tão tremulas que estavam sua mão depois que ouviu aquela voz. A menina se virou lentamente até fitar os olhos do Inuzuka, que, igualmente, a fitava. Essa ação de Kiba fez com que Hanabi cora-se violentamente fazendo com que ela escondesse atrás de sua franja.

HANABI – Kiba. Bom dia. (olhando para o nada a fim de não encará-lo de vergonha) – Veio visitar minha irmã?

KIBA – Não. (ele olha para um ponto qualquer) – Eu entrei escondido só para ver você.

Hanabi não acreditava no que seus ouvidos acabaram de captar. Kiba estava lá para vê-la. A Hyuuga voltou a olhar para Kiba, que continuava a olhar para o nada e em seguida ele, voltou a direcionar seu olhar para a jovem Hyuuga. Olhar que veio acompanhado de um sorriso. Naquele momento Hanabi teve a certeza de que era amor o que estava sentindo. Se, por ventura, Kiba pedisse que ela fugisse com ele, Hanabi faria sua vontade sem pestanejar. Loucuras do primeiro amor.

HANABI – Me ver? O que quer de mim?

KIBA – Eu quero te dar isso...

Kiba tira, das costas, um ramalhete de rosas. Provavelmente as mesmas rosas que Hanabi um dia flagrou Kiba cheirando. O Inuzuka deu o ramalhete á Hanabi, cujo coração começou a ter taquicardia de tão acelerado que estavam seus batimentos. O sangue agrupou nas bochechas. Seus olhos brilhavam. Hanabi estava vivendo um sonho. Ela cheirou as rosas e, novamente, deu seu melhor sorriso para Kiba. Ela sentiu e fez tudo isso antes que Kiba completasse a frase.

KIBA – ...para que dê a Hinata.

O complemento da frase do Inuzuka fez com que todas as sensações de Hanabi desaparecessem da mesma velocidade com que elas apareceram. As rosas não eram para ela e sim para irmã. Hanabi não conseguia entender aquela situação.

KIBA – Eu as recolhi pensando nela. No amor que sinto por sua irmã. Apesar de saber que ela gosta do Naruto, ainda tenho esperanças de que ela repare em mim. É loucura, não?

Kiba sorria inocentemente com aquela pergunta retórica e nem fazia idéia de que machucava o coração da jovem em sua frente. Hanabi, fez um esforço sobre humano para não demonstrar tristeza e voltou a sorrir. Mesmo que forçadamente.

HANABI – Claro, Kiba. Eu entregarei á minha irmã. (ela cheira as rosas) – Ela vai adorar.

KIBA – Obrigado, Hanabi. (ele coloca a mão no rosto dela) - Você é demais.

Com apenas aquele gesto, Kiba fez com que Hanabi votasse a ter as sensações que sentiu quando recebeu o ramalhete. E com um belo sorriso, Kiba saiu do local do mesmo jeito que entrou. Sem chamar a atenção de ninguém. Hanabi, de posse do ramalhete, começou a andar lentamente para o interior da casa. Ela ainda não se conformava com o fato de Kiba estar apaixonado por Hinata. Sentia-se uma tola por não ter percebido antes. Ao adentrar na mansão, Hanabi, ora e outra cheirando o ramalhete, é flagrada por Hinata. O conjunto de flores em posse da irmã não passou despercebido pela Hyuuga mais velha.

HINATA – De quem são essas rosas, Hanabi?

HANABI – Hã?!

HINATA – Estou falando desse ramalhete.

Hinata sorria, docemente, para a irmã. Hanabi sentia uma enorme tristeza com a inegável verdade de que ela não tinha nenhuma chance contra Hinata. Julgava que a irmã tinha um corpo escultural e um rosto angelical. Uma combinação atraente que chamava muitos olhares masculinos. Devia ser isso também que chamava a atenção de Kiba. Para sua infelicidade, Hanabi se sentia inferior.

HANABI – Essas flores são para mim, irmã. (ela sorri)

HINATA – Mesmo. (ela sorri também) – E quem lhe deu?

HANABI – Foi um colega de academia, que está perdidamente apaixonado por mim, mas eu não gosto muito dele, mas não posso culpá-lo. (ela faz uma cara séria) - Ninguém pode contra o charme das Hyuugas. (um sorriso no canto do rosto)

HINATA – Ah Hanabi. Só você mesma, irmãzinha.

Hinata vai para outro cômodo da mansão se afastando de Hanabi, que voltou a cheirar as rosas. Ela decidira ficar com o ramalhete. Ela sabia que Kiba teve algum trabalho para selecionar as flores mais perfumadas para irmã. Esse cuidado era de alguém realmente apaixonado. Por isso Hanabi ficaria com elas. Na cabeça dela, cheirar aquelas flores representava cheirar o melhor de Kiba. Mesmo que não fosse para ela. Naqueles momentos seria feliz. Loucuras do primeiro amor.

 

FIM

 

 















Jude Melody - 2009-07-31 16:10:00
Domo(oi)! Ah, que lindo! *-* Tadinha da Hanabi... O primeiro amor foi uma desilusão... Sei que é cruel dizer isto, mas, de certa forma, é engraçado. Estava tudo tão perfeito... O Kiba apareceu com flores, disse que queria vê-la, entregou-lhe as rosas... Então quebrou a magia do momento, dizendo que o buquê era para Hinata. É... Nem tudo é perfeito... Bye! ^^

TreinadorX respondeu: O primeiro amor a gente não esquece. Ás vezes por motivos ruins também, mas você viu que ela aprontou no final ficando com as flores. Ela ainda tem esperanças. Valeu







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