O telefone toca sobre a mesa. Irritado, o jovem desvia os olhos do livro e pega o aparelho para analisar a mensagem na tela. O texto é curto e simples.
“Oi, Kurapika-chan!”
Ele suspira. Move os dedos habilmente pelas teclas, digitando uma resposta.
“Não me chama assim.”
Volta sua atenção para o livro. Seus pensamentos são interrompidos por um novo toque. É outra mensagem.
“Que grosseria! Nem responde o meu oi.”
Ele suspira outra vez. Não está com tempo para brincadeiras.
“Oi, Leorio.”
A resposta não demora.
“Melhorou.”
Mas uma simples represália não faz mal a ninguém. Ele decide mandar outra mensagem.
“Não me chame de Kurapika-chan.”
Para quê? Seu interlocutor não fica nada satisfeito. Mas ele sabe como provocar o jovem.
“Prefere Kura-chan?”
Um leve desespero toma conta do pobre coitado. É a sua dignidade que está em jogo!
“Você sabe que não, Leorio.”
Ele pisca, e lá está a resposta.
“Pika, então?”
A raiva é tanta, que ele quase atira o celular na parede.
“Meu nome é Kurapika! Kuropica, entendeu?”
Assim que envia a mensagem, engole em seco.
“Tá bem, Kuropica.”