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O dia que Trunks nasceu

 

            Mamãe e papai viajaram, estou totalmente sozinha. O Vegeta não conta, desde que soube que iríamos ter um filho nunca mais nos falamos. Estou me sentido estranha, redonda (já são quase 9 meses). Não tenho força para nada, como é difícil gerar um filho de um saiajin, pensei em falar com a Chichi, mas quero que o meu filho seja uma surpresa para todos.

            Nossa! Que calor! Vou descer e beber um pouco de água.

- Yancha, o que você faz aqui? Se veio chorar pelo leite derramado já era! Ninguém mandou você beijar aquela lambisgóia e justo em um evento tão importante da Corporação.

- BULMA!!!!!!! Por que não me contou que você está está está... Nossa, vou ser pai, que legal, como estou feliz. Você deveria ter me procurado logo quando soube.

            Bulma, que estava sentada numa cadeira em um estado ofegante, levanta, toma fôlego e grita:

            - Ai, pára de dizer bobagens, você acha que eu Bulma Brifes ia ficar chorando por você a vida inteira, pois se enganou. Eu estou grávida sim, mas o filho não é seu. É só fazer as contas e você terá certeza. Já disse que o nosso lance acabou e tudo que posso oferecer a você é AMIZADE e nada mais.

            Bulma abaixa o tom de voz (ela está mais sensível uma vez que está grávida)

            - Entenda, o que houve entre a gente foi legal, mas não era para toda a vida. Desde que começamos sempre brigamos muito, e na maioria das vezes por bobagens, agora por favor, vá embora, já é tarde (21:00) alguém no meu estado precisa descansar.

- Ta legal eu vou. Me diga só quem é o pai do seu bebê. Tenho direito de saber quem tirou você de mim.

- Direito você não tem, quanto “alguém me tirar de você” vamos combinar que é ridículo. Mas vai lá. Vegeta é o pai. Satisfeito?

- Não acredito!

Yancha cai para trás e fica com as pernas para o ar. Ao se levantar responde:

- Como você pode?! Ele é o que há de pior. Bem que eu desconfiava, embora ele viesse com aquele discurso “Saiajins não ligam para essas besteiras” eu notei que ele não tirava os olhos de você, Olong chegou a comentar que quando Vegeta olhava para o seu decote só faltava babar. Ai, desgraçado, primeiro me mata, depois te engravida, maldito Saiajin.

- Tá bom Yancha, agora já chega, por favor, vá embora, estou cansada.

Yancha se despede e vai embora, tinha no rosto uma expressão triste, teve vontade de chorar quando soube que o filho de Bulma não era dele. Perdeu suas esperanças de reconquistá-la....

 

Enquanto isso na Coorporanção Cápsula.

 

- Nossa você não pára de se mexer aí dentro, deve estar louco pra nascer e começar a lutar, tenho certeza que você será forte como o seu pai.

            Bulma acaricia a barriga, bebe o seu copo d’água bem gelado e sobe para o seu quarto. Ao chegar lá, liga tv e se deita na cama. De repete ela nota que o lençol está todo molhado.

- Nossa! Será que eu perdi o controle fiz xixi sem perceber ou será que...

Bulma começa a sentir uma dor muito forte, estava sozinha em casa, exceto por Vegeta que mesmo sem falar com ela pelo menos era alguém. Então, tomada pela dor grita desesperada.

-  Arrrrrrrrrg! Alguém me ajude, o meu filho vai nascer,  arrrrrrrrg, dói muito! Socorro!  Vegeta, seu Saiajin desgraçado, a culpa é toda sua, tome uma providência. Arrrrrrrrrrg, arrrrrrrrrrrrrrrrrg.

            Vegeta ouvia de dentro da cápsula de gravidade um som estridente e agudo.

            - Só pode ser aquela escandalosa, por mim ela pode gritar o quanto quiser, ninguém mandou ela ficar grávida e gerar um Saiajin impuro.

            Mas os gritos não paravam, e com o tempo pareciam mais um grunido animal do que um grito de mulher, Bulma nunca tinha sentido tanta dor. Ao ouvi-los, quem diria, Vegeta se sensibiliza, embora não admita para si próprio.

            - Caramba! Nem quando eu torturava pessoas eu ouvi gemidos assim. E se ela..... Se ela morrer... Arg, eu não me importo com essas bobagens. Mas pera aí, quem vai consertar a nave (começou a dar desculpas para ele mesmo), droga!  Tenho uma dívida de vida com ela, se ela não tivesse comigo no dia que a cápsula gravitacional explodiu talvez eu não tivesse resistido e a esta altura eu já estaria.... Já ta na hora de colocar essa criança no mundo.

            - Arf! Arf! Arf! Bulma respira ofegante e tenta chegar até o telefone para chamar ajuda, mas quando olha pra janela...

            - Vegeta, se veio pra fazer aquele discurso que os Saiajins não se importam com nada é melhor você ir embora. Não estou em condições sinto muita dor.

            - Pare de falar bobagens e deite-se aí agora mesmo.

            - Você só pode estar louco, eu preciso de médicos, e principalmente de anestesia.

            - Vocês terráqueos são mesmo uns inúteis, para de falar bobagens, deite na cama e me obedeça.

            Após terminar sua frase com sua cara fria de assassino, Bulma fica assustada e resolve obedecê-lo.

            Vegeta então resolve começar os procedimentos para que ele mesmo faça o parto. Mas não perde a forma dura de falar.

            - Vamos faça força, do jeito que as coisas estão, não dá mais tempo, o meu filho tem que nascer agora. 

             Era a primeira vez que Vegeta chamava “meu filho”, Bulam se emocionou e embora assustada o obedeceu. Depois de algum tempo ouve-se um choro de criança, vegeta segura Trunks e entrega-o imediatamente a Bulma, depois se retira sem dizer uma só palavra. Sem dúvida ele estava feliz (apesar da cara amarrada), mas não admitia seus sentimentos, era novo pra ele se tornar pai, ter uma família. Embora ele e Bulma não tenham se casado de fato naquele dia ela se tornou verdadeiramente sua mulher.

           

 

 

 

Espero que gostem, é a minha primeira fic.