Avisos: Yaoi, KaixRay, um pouco fluffy, vários capítulos, ficwriter preguiçosa... o.o' É, acho que só XD

E como todos deviam saber, Beyblade e seus personagens não me pertencem, e sim a um sortudo que teve a idéia antes de qualquer um de nós ¬¬

Que venha a fic \o/

Meu Neko

Capítulo 01

A porta do quarto acabara de bater. Dentro dele, alguém revoltado com seus amigos, se é que os considerava mesmo como "amigos". Kai já estava cheio de escutar os demais pedindo para ele ser um pouco mais flexível, ou então que fosse mais aberto com eles. Mas aquilo era demais para alguém como Kai. Se ele sabia respeitar a privacidade de todos, sem ter de ficar horas pendurado atrás de alguém, fazendo mil perguntas, por que eles não podiam fazer o mesmo?

O único que sempre se salvava desse tipo de reclamação era Ray. O garoto chinês sabia como obter o que queria, sem se tornar chato aos olhos de seu capitão. Tanto é que sempre dividia o quarto com ele. Kai não fazia objeção alguma quando este se oferecia para compartilharem o mesmo cômodo. Em compensação, com Tyson, a coisa era beeem diferente. Mas desta vez, até mesmo Ray estava envolvido na discussão...

Kai estava mais uma vez encostado na parede em sua pose de sempre, com os olhos fechados e os braços cruzados. Tyson, como bom curioso que era, chegou nele e começou a fazer inúmeras perguntas sobre a vida e a infância de Kai. Ao ver que este não iria responder a nenhuma delas, Tyson começou a insistir ainda mais, mas Kai ignorava a tudo.

Tentando evitar um conflito ainda maior que estava por vir, Ray interviu, mas, aparentemente, Kai não gostou de tal atitude e saiu do recinto em direção ao seu quarto.

Agora ali estava ele, parado em frente à janela, quando ouviu a porta se abrir e fechar novamente... Era Ray.

- O que quer agora? – perguntou ele, sem se virar para encarar o garoto que tinha acabado de entrar no quarto.

Ray se aproximou um pouco mais para então responder.

- Será que para você é difícil ser gentil? Ao menos uma vez! Uma única vez! É só isso que pedimos! Não é preciso ser sempre, mas ao menos deixe-nos saber que você também é um ser humano... que também tem sentimentos! Será que é pedir demais?!

- Não me venha com esse tipo de besteira, Ray! Eu sempre fui assim! – respondeu Kai. Mas Ray já estava preparado com outros argumentos.

- E nós sempre reclamamos disso! Mas tudo tem um limite! – uma pequena pausa antes de continuar – Nós somos teus amigos! Será que nem esse tipo de consideração você tem por nós?

- Ray, já chega!

- Não! Já chega VOCÊ! – gritou ele apontando para o rosto de Kai. – Pelo visto, a única coisa que estamos fazendo de errado é tentarmos nos aproximar de você!

- Exato!

A cada segundo que se passava, Ray ficava com mais raiva ainda das atitudes de Kai. Não entrava em sua cabeça que Kai queria ficar sozinho. "Como pode existir alguém tão frio como ele? Como?!", pensava.

Ray sentou-se em sua cama e respirou fundo. Sabia que lidar com a personalidade de Kai era difícil, mas não imaginava que fosse tanto assim. Queria de alguma forma conseguir entender o que se passava com Kai, mas este parecia ter criado um muro entre ele e as demais pessoas, que o impossibilitava de demonstrar o que sentia.

- Seus argumentos se esgotaram?

Ray olhava incrédulo para Kai diante de tal pergunta. "Então, ele ainda quer mais...?", pensou.

- Não. Continuam sendo os mesmos!

- Que coisa, os meus também! Por isso nossa conversa, se é que isso algum dia foi uma conversa, termina aqui! - Kai tentou finalizar o diálogo com um comentário bastante irônico.

- Kai Hiwatari... eu fico imaginando se algum dia você vai confiar na gente... - murmurou Ray. Com isso, ele levantou-se da cama onde estava sentado, guardou a Driger que estava em suas mãos e dirigiu-se para fora do quarto. Mas antes de sair, um último comentário. - Algum dia, você ainda vai precisar de nós... algum dia!

- Fique tranqüilo, isso nunca irá acontecer!

- Será mesmo?

Ao sair dali e fechar novamente a porta, foi inevitável segurar as lágrimas. Ele tentava ao máximo disfarçá-las na presença de Kai, mas naquele momento, longe de seus olhos, não tinha o que pudesse fazer para que elas desaparecessem. Nunca tinha sido tão maltratado por alguém, como por Kai que, em todo esse tempo de equipe, criava motivos para afastar os outros da sua pessoa. E isso deixava Ray triste. "Ele parece infeliz... e ainda assim não quer ter amigos...". Com o pulso, começou a secar seus olhos, para que pudesse passar pela sala sem deixar nenhum sinal do que havia ocorrido.

Quando passou pela sala, Tyson e Max naturalmente estranharam a atitude de Ray, que tentou passar por todos sem dizer nada.

- Ray, aconteceu alguma coisa? - Tyson perguntou inocentemente.

- Foi algo que o Kai fez? - completou Max, se aprofundando mais na pergunta. – Se for sobre o que aconteceu na cozinha, pode dizer! Mesmo que ele não aceite, a gente conversa com ele!

- Eu só quero ficar sozinho agora, se não se importam... depois nós conversamos, tudo bem?

E ele não esperou nem que os demais concordassem com seu pedido. Tratou logo de sair dali e ir para algum lugar longe daquela casa.

Caminhou pelas ruas da cidade, sem prestar atenção alguma para onde ia. E a todo o momento, relembrava de cada uma das rudes palavras ditas por Kai, tentando entender as atitudes de seu "amigo".

Ao chegar numa praça, sentou-se em um dos bancos vazios e ficou observando algumas crianças brincarem. Aquilo lembrava sua infância na China, as brincadeiras que tinha com Lee e os outros... Eram lembranças felizes e que tinha prazer em recordá-las, uma a uma.

De repente, um pensamento lhe passou pela cabeça. "Como teria sido a infância do Kai?", mas logo que se lembrou do verdadeiro motivo da discussão daquela manhã, se reprimiu de tais perguntas.

- Isso é um problema dele! Eu não tenho nada que ficar intervindo!

A noite chegou rapidamente e com ela, o sono. Foi quando percebeu que não fazia idéia de onde estava. Mas também, não ia adiantar muita coisa, afinal Ray não estava disposto a voltar para a casa em que estavam hospedados e ter de dormir no quarto que dividia com Kai. "Ele deve me odiar depois de tudo..."

Olhou para o céu e viu como estava estrelado. "Faz tempo que eu não paro e fico olhando as estrelas...". Sim, Ray tinha o hábito de vez em quando, sentar-se em algum lugar, à noite e a céu aberto, para observar o céu.

Um brilho chamou sua atenção. Era uma estrela cadente. Não pensou duas vezes e fechou os olhos, mentalizando um pedido. "Eu desejo que o Kai consiga se abrir conosco...", uma pausa, e ele abriu os olhos, completando o restante do pedido em uma voz praticamente inaudível.

- ... Ou comigo...

Sem vontade nenhuma de tentar descobrir um modo de voltar e ter de encarar seu capitão novamente, Ray acabou adormecendo ali mesmo, ao relento...

..........Continua..........

Próximo capitulo: Ray não se reconhece; e alguém lhe salva a vida...

Olá para todos n.n/ Sim, eu sei... u.u''' Ao invés de postar um novo capítulo de "Uma Segunda Chance", eu resolvo postar uma história nova o.o'''' Mas essa fic tá parada há tanto tempo, que eu já não agüentava mais ver ela salva no pc e continuar sem postar >__<'

Se alguém leu este primeiro capítulo (pequenininho o.o'), comentem e digam o que acharam n.n/ (se estiver ruim, eu nem continuo >.< apesar de já ter alguns capítulos praticamente encaminhados XD)

Kissus!