Maradona vs Cachorrinho

Duas mulheres estavam à mesa de um restaurante. Junto delas, dois homens se encaravam com um pouco de raiva.

A futura chefa do Brasil e a chefa de Argentina estavam fazendo algo que ninguém havia tentado antes.

“Vocês precisam ser amigos” falou a argentina. Os países de entre olharam.

“O QUE?!” gritou Brasil. Todos olharam para eles. “Desculpe...” murmurou o moreno.

“Como vocês pretendem fazer isso?” perguntou Argentina, sarcasticamente. As mulheres riram.

“É simples. Os dois farão um viajem de carro, juntos, é claro.” Respondeu a brasileira. Como elas queriam colocar uma câmera no carro.

“Mas... isso é muito idiota”

“Não entendem que causaram muitos problemas com suas brigas sem sentido?” a brasileira.

“E você, chefa? Por quê?” perguntou Argentina. Talvez conseguisse faze-la mudar de ideia.

“Você me irrita.” A resposta deixou Argentina paralisado.

“Só por isso?”

“Está sempre me irritando enquanto tento trabalhar!” exclamou Christina.

Brasil tentou não ir enquanto Argentina olhava para ele com raiva, se segurando para não bater no brasileiro.

“Vocês vão para o sul do país” Falou Dilma.

“Mas estamos no Rio!” gritou Brasil. Pela segunda vez as pessoas os olharam com desconfiança. “Desculpe...”

“Tome as chaves. O carro é o Adventure prateado.” Disse Christina, para logo depois sair do restaurante. Dilma logo se foi também.

Os países se encararam.

“Você dirige, Arge.” Falou Brasil, levantando-se.

...

Argentina colocou o isopor no banco de trás; Brasil colocava as malas no bagageiro.

“Não lembro da última vez que viajei de carro.” Comentou Brasil, dando a volta para subir no carro.

“Legal...” ambos entraram no carro. Argentina como motorista e Brasil como passageiro.

“Vamos, Arge. Temos que tentar ou essa viajem será um horror!” Disse o de olhos verdes.

“Legal...”

Brasil suspirou.

Duas horas depois...

O moreno olhou o Maradona em miniatura colocou sobre o painel.

“Ei, eu só vi isso agora...” gritou e pegou o Maradona em miniatura em uma mão enquanto abria o porta-luvas com a outras. Viu um cachorrinho falso lá dentro e o colocou onde antes estava o Maradona. A miniatura do Argentino ficou guardada.

“Ei, abusado! Devolve o meu Maradona!” berrou Argentina.

“Fica calmo, Arge. Pelo menos não coloquei o Pelé. Ninguém se irrita por causa de um cachorrinho, né?” zombou Brasil.

Argentina suspirou. Isso era verdade.

“Tudo bem”
Brasil mostrou seu melhor sorriso.

“Obrigado!”

O cachorrinho mexeu a cabeça, no ritmo da estrada. Brasil o olhava com um sorriso infantil até que decidiu imita-lo.

“AH! O que você está fazendo?!” perguntou Argentina, assustando com uma atitude tão... boba.

“Me distraindo. Você fica caladão, tenho que fazer alguma coisa.” Respondeu sem parar de mexer a cabeça.

“Pare de fazer idiotices!”

“Relaxa, Arge. Me deixa viver.”

Argentina agarrou o cachorrinho e o tacou pela janela.

“AAAAAAAAAAAAAAH! MEU CACHORRINHO FOFINHO!” o moreno abriu o porta-luvas e tacou o Maradona pela janela, também.

“O MARADONA QUE COMPREI EM BUENOS AIRES!” Argentina parou o carro e ele e Brasil começaram a se estapear, como se fossem criancinhas. Até que um guarda se aproximou.

“Oi, seu guarda.” Cumprimentou Brasil.

“Os documentos do carro.” Pediu o guarda.

Brasil procurou os documentos pelo porta-luvas até que enfim o entregou.

“E o loiro, não tem documentos?” Argentina encarou o policial e depois buscou a habilitação no bolso. “Muito bem. Vou fazer a vistoria. Vem loiro.” Argentina desceu do carro e acompanhou o guarda, que inspecionou o bagageiro e depois o banco de trás.

“Que homem mais desconfiado.” Reclamou Argentina. Não havia gostado da careta que o guarda fez ao ver o mate.

“Só estava fazendo o trabalho dele.” Defendeu Brasil. “Estamos saindo do Rio e indo para São Paulo. Esses estados recebem muitos turistas e alguns deles não têm boas intenções.”

“Obrigado por dizer isso.”

“Relaxa. Também são os dois mais interessantes. Só empatam com... uns 24...”

“Você só tem 26 estados!”

“Isso! Muito bom, Arge!”

Argentina revirou os olhos. Garoto maluco. Mas... não podia negar que ele tinha um sorriso bonito...

“Arge!”

“O que foi?”

“Estou com fome.”

“Cala boca, irritante!”